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O cenário econômico mundial enfrenta uma transformação marcada pela digitalização das operações monetárias e pelos avanços tecnológicos. Para as instituições financeiras, as plataformas bancárias representam uma revolução, a partir da oferta de arquiteturas baseadas em micro serviços, designs nativos na nuvem e frameworks centrados em API. No entanto, segundo a Galileo Financial Technologies, essas ferramentas, que também estabelecem bancas digitais avançadas e personalizam interações de acordo com as necessidades do cliente, ainda conseguem ir além.
De acordo com a Galileo, a evolução digital das plataformas bancárias passa diretamente pela modernização do “core banking” dessas ferramentas. Esse termo refere-se a um serviço prestado por um grupo de agências de bancos em rede onde os clientes conseguem acessar suas contas e controlar as próprias operações financeiras.
Algumas plataformas, frequentemente, levam meses para realizar mudanças e deixam as instituições financeiras, muitas vezes, sem controle sobre a experiência do cliente. Em contraste, as melhores aplicações de banca digital oferecem uma implementação rápida de capacidades “pré-definidas”, com flexibilidade para se adaptar às necessidades específicas do mercado.
As instituições financeiras que utilizam núcleos mais antigos são conhecidas por enfrentar problemas para oferecer uma experiência de usuário de alto nível adaptada às demandas dos clientes. Como resultado, metade dos bancos com dois a quatro anos restantes em seus contratos de núcleo consideram uma conversão.
Manter sistemas obsoletos é um fator cada vez mais caro. Para atender às exigências modernas, as empresas financeiras precisam de um núcleo digital moderno e de um parceiro fintech de terceiros confiável. No entanto, uma reconstrução completa do núcleo pode pressionar o ROI e perturbar as operações e experiências dos clientes.
Em vez disso, as companhias precisam buscar uma abordagem financeiramente viável. É necessário examinar de perto seus objetivos de negócios, cronogramas de implementação, estratégias de dados e necessidades tecnológicas. Manter os clientes no centro da tomada de decisões é essencial para maximizar os negócios e o valor de um núcleo digital de próxima geração.
Abdul Assal, Head de Desenvolvimento de Negócios na Galileo no Brasil, afirma que “a modernização da infraestrutura de core bancário é necessária para otimizar a operação como um todo”. Segundo o executivo, essa transformação deve ocorrer “desde o nível mais operacional controlando por exemplo instabilidades e até falhas sistêmicas, que refletem em redução de custos e/ou perdas; a um nível regulatório/compliance aderente às exigências e respectivas atualizações da agenda do BC; até mesmo sob uma perspectiva de produtos onde criar soluções mais inovadoras e flexíveis se torna mais fácil e rápido.”
Para Abdul, “no final do dia todos querem habilitar uma experiência digital cada vez mais aderente às necessidades dos diferentes tipos de clientes que os bancos atendem. Sendo assim, essa modernização é necessária para que a tecnologia não se torne uma barreira competitiva".
Diante desse cenário, a Galileo Financial Technologies elenca dicas e estratégias para as instituições financeiras conseguirem se adequar a modernização do mercado e aprimorar o seu negócio de acordo com seus objetivos e disponibilidades:
- Para as companhias que buscam habilitar rapidamente novas capacidades com menor risco, a expansão do núcleo é uma opção viável. Esse método envolve a operação de sistemas em paralelo, o antigo e o novo, a fim de lançar marcas ou produtos inéditos na nova plataforma. Com o tempo, uma vez que a ferramenta esteja estável e cumpra as regulamentações, as organizações podem migrar dados do cliente do núcleo mais velho para o atual.
Essa abordagem implica na desativação completa do núcleo antigo ao final da transição, o que pode levar mais de um ano, mesmo para organizações menores. Apesar do processo demorado, esse método garante que a instituição financeira se beneficie de um sistema totalmente integrado e moderno.
- Já, as empresas dispostas a investir mais desde o início podem optar por uma substituição completa do núcleo se o sistema ultrapassado não atender às demandas atuais ou futuras. Apesar disso, uma transição gradual pode ser mais adequada para preservar a estabilidade e minimizar interrupções.