Afinal, o novo sistema de compartilhamento de dados financeiros é realmente seguro?

No dia 29 de outubro teve início a terceira fase de implementação do open banking no Brasil. Nesta etapa, bancos e fintechs foram autorizados a compartilhar informações sobre o Pix (serviço de pagamento eletrônico instantâneo que entrou em vigor há um ano). 

Com este passo, o open banking fica ainda mais atrativo para o consumidor que deseja ter acesso a produtos e serviços com custos e juros menores. Por outro lado, uma grande parcela da população ainda questiona a segurança do sistema. 

Afinal, o novo sistema de compartilhamento de dados financeiros é realmente seguro? Diante disso, a Zippi esclarece alguns dos principais questionamentos dos brasileiros a respeito dessa nova tecnologia.

1. O open banking é seguro?

A segurança desse mecanismo é garantida pelo Banco Central (Bacen ou BC), órgão responsável por supervisionar todo o sistema. O órgão regulador definiu regras rígidas que as instituições bancárias participantes precisam seguir e todas são fiscalizadas. Caso não estejam de acordo com alguma norma, podem - inclusive - sofrer punições. Algumas das condições são: acompanhar e controlar o compartilhamento de dados e serviços; seguir regras de responsabilização da instituição e de seus dirigentes e implementar políticas de segurança cibernética.

2. Os meus dados serão públicos?

Ao participar do sistema os seus dados não se tornarão públicos, apenas as instituições financeiras participantes do open banking e autorizadas pelo BC terão acesso a eles. Além disso, no open banking os clientes têm controle para transferirem as suas informações cadastrais e transacionais para onde quiserem, graças às APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos), tecnologia que permite a comunicação entre softwares na internet.

3. A participação no open banking é automática?

O acesso aos dados por outras instituições financeiras deve ser autorizado pelo cliente, que aceita ou não participar do open banking. Ele pode cancelar a qualquer momento a autorização. O prazo de acesso aos dados também é definido pelo cliente. Todo o processo deve ser claro e transparente, sem surpresas para o consumidor.

4. Quais os benefícios de participar?

Com o open banking, o consumidor poderá desfrutar de maior liberdade e autonomia com menos burocracia na hora de solicitar um serviço de uma instituição financeira. Além disso, o sistema cria um ambiente mais competitivo que garante custos e juros menores para os participantes.

Outra vantagem está na obtenção de mais crédito para pessoas que não conseguem comprovar renda. "O grupo dos autônomos se beneficia muito com o open banking para obtenção, por exemplo, de um aumento de limite no cartão de crédito, pois não precisam apresentar nenhuma documentação comprobatória. Apenas o histórico de dados presente no sistema é suficiente", explica Andrea Avedissian, brand manager na Zippi.

Joice Martins

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