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Com o Banco Central retomando o ciclo de alta da Selic, as instituições financeiras começaram a aumentar as taxas de juros no crédito imobiliário, confirmando a tendência apontada em setembro. Recentemente, o Itaú Unibanco ajustou sua taxa média, que passou de 10,49% ao ano para 10,79% ao ano. Outras instituições, como Bradesco, Santander e BRB, também estão considerando reajustes, acompanhando a situação econômica do país.
Este cenário reflete o esgotamento da oferta de recursos da caderneta de poupança para o financiamento imobiliário, cuja remuneração é regulamentada e inferior ao restante do mercado. Com o limite da poupança atingido, os bancos estão recorrendo a fontes alternativas, cujo custo de captação é influenciado pela Selic. Conforme essa taxa sobe, o capital se torna mais caro para as instituições financeiras, que repassam esse custo aos consumidores.
Enquanto a Caixa Econômica Federal, responsável por cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil, manteve suas taxas inalteradas, a exigência para o valor de entrada foi aumentada, o que deve reduzir a demanda. A partir de 1º de novembro, nas linhas com tabela SAC, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel. No sistema Price, onde as parcelas são fixas, o percentual aumentará de 30% para 50%.