A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) registrou uma alta de 0,31% na quarta semana de dezembro de 2024, acumulando 3,99% no período de 12 meses, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).
Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. O principal impacto veio da categoria Habitação, que apresentou uma redução menor nos preços (-0,96% para -0,46%) durante a última semana de dezembro. Dentro dessa categoria, destacou-se a tarifa de eletricidade residencial, que recuou 2,75%, um ritmo mais moderado em comparação à baixa de 4,30% registrada na semana anterior.
O segmento de Vestuário também reverteu sua tendência negativa, passando de -0,12% para uma alta de 0,33%. Outras categorias, como Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,34%), Educação, Leitura e Recreação (0,14% para 0,17%), Alimentação (1,12% para 1,14%) e Transportes (0,32% para 0,33%), também registraram aceleração em suas taxas.
Por outro lado, algumas categorias desaceleraram. O grupo de Despesas Diversas reduziu o ritmo de alta de 0,81% para 0,53%, enquanto a classe de Comunicação apresentou leve variação negativa, de 0,00% para -0,01%. Entre os itens analisados, destacaram-se os cigarros, que passaram de uma alta de 5,89% para 3,76%, e a tarifa de telefone residencial, que desacelerou de 0,29% para 0,19%.
Os dados refletem uma leve pressão inflacionária no final do ano, influenciada por reajustes específicos em categorias importantes como Habitação e Alimentação. O cenário mantém a inflação dentro de um patamar controlado, mas com variações que indicam atenção redobrada em segmentos essenciais.
