As projeções dos analistas para a inflação, a variação do PIB e a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (21) pelo Relatório Focus, do Banco Central. O relatório, que compila as expectativas do mercado financeiro, também trouxe uma elevação na estimativa para a taxa de juros em 2025.
Taxa Selic
A previsão dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) em 2024 permaneceu em 11,75%. No entanto, a estimativa para 2025 subiu de 11% para 11,25%. As projeções para os anos seguintes se mantiveram estáveis, com a Selic em 9,50% para 2026 e 9,0% para 2027.
Taxa de câmbio
A mediana das projeções para o dólar em 2024 avançou ligeiramente, de R$ 5,40 para R$ 5,42. Para 2025, a previsão continuou em R$ 5,40, mesma projeção da semana anterior. As estimativas para 2026 e 2027 permaneceram inalteradas, em R$ 5,30.
Inflação
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, subiu pela terceira semana consecutiva, de 4,39% para 4,50% em 2024. Para 2025, a previsão também aumentou, de 3,96% para 3,99%. As projeções para 2026 e 2027 se mantiveram estáveis em 3,60% e 3,50%, respectivamente.
Produto Interno Bruto (PIB)
As expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 também subiram, de 3,01% para 3,05%. A previsão para 2025 foi mantida em 1,93%, enquanto as estimativas para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 2,0%.
Resultado primário
A projeção para o resultado primário do governo brasileiro em 2024, que mede a diferença entre receitas e despesas antes do pagamento de juros, permaneceu estável em -0,60% do PIB pela sétima semana consecutiva. Para 2025, a estimativa melhorou, passando de -0,73% para -0,70% do PIB. As previsões para 2026 e 2027 também apresentaram variação positiva, com a projeção para 2026 passando de -0,66% para -0,50% do PIB, enquanto a de 2027 foi mantida em -0,30%.
O relatório desta semana mostra que o mercado financeiro está ajustando suas expectativas, refletindo um cenário de incertezas quanto à inflação, câmbio e juros para os próximos anos.
