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O Santander anunciou alterações em sua carteira recomendada de ações para janeiro, substituindo Bradesco (BBDC4) e Lojas Renner (LREN3) por Banco do Brasil (BBAS3) e CCR (CCRO3). A mudança reflete ajustes estratégicos diante de perspectivas econômicas e setoriais.
Justificativas para as exclusões
Os analistas mantêm uma visão positiva de médio e longo prazo para o Bradesco, com recomendação de “compra”. No entanto, apontaram que a recuperação operacional do banco deverá ser mais lenta do que o inicialmente previsto. Após os resultados do terceiro trimestre de 2024, as estimativas foram ajustadas, e o retorno sobre o patrimônio (ROE) do Bradesco deverá atingir seu custo de capital de aproximadamente 15% apenas no final de 2025, em vez de meados do ano.
Quanto à Lojas Renner, a recomendação de “compra” também foi mantida, mas os analistas expressaram preocupação com o impacto das incertezas fiscais no Brasil e a mudança na postura da política monetária. Esses fatores devem pressionar o setor varejista no curto prazo.
Novas inclusões: Banco do Brasil e CCR
Para diversificar o portfólio e mitigar os riscos associados ao varejo, o Santander optou por incluir o Banco do Brasil e a CCR em sua carteira. Além disso, a exposição ao varejo foi reduzida, com a permanência apenas da Raia Drogasil.
Desempenho em dezembro
A carteira recomendada do Santander apresentou desempenho negativo de 5,01% em dezembro, abaixo do recuo de 3,95% registrado pelo Ibovespa (IBOV). No período, o destaque positivo foi a Totvs (TOTS3), que avançou 0,22%, contrastando com a performance geral do portfólio.