Banco Inter registra lucro recorde de R$ 160 mi no 4º tri
Comparado ao mesmo período de 2022, o lucro do trimestre foi mais de cinco vezes maior, quando registrou R$ 29 milhões

O banco digital Inter (BDR: INBR32), listado em Nova York, divulgou nessa quarta-feira, 7, um lucro líquido recorde de R$ 352 milhões em 2023 e de R$ 160 milhões no último trimestre do ano passado. Esse desempenho foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, que superou em quatro vezes a média nacional, conforme apresentação de resultados. Comparado ao mesmo período de 2022, o lucro do trimestre foi mais de cinco vezes maior, quando registrou R$ 29 milhões. Naquele ano, o banco havia registrado um prejuízo de R$ 14 milhões.

No quarto trimestre, a receita bruta totalizou R$ 2,2 bilhões, um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2022, impulsionado pelas operações de crédito e, do lado das tarifas, por cartões, serviços bancários e investimentos. A carteira de crédito atingiu R$ 31 bilhões em dezembro, com expansão de 26% em 12 meses e 10% na comparação trimestral.

Em janeiro do ano passado, o Inter apresentou o Plano de Negócios 60-30-30, com o objetivo de alcançar 60 milhões de clientes até 2027, mantendo uma eficiência de 30% e um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 30%. Um ano após o anúncio, o vice-presidente do Inter, Alexandre Riccio, afirmou que o andamento está conforme o planejado e alguns indicadores, como eficiência e ROE, estão superando as expectativas.

O ROE do banco digital foi de 8,5% no quarto trimestre de 2023, em comparação com 1,6% do mesmo período de 2022 e 5,7% do terceiro trimestre de 2023. O índice de eficiência foi de 51,4%, uma melhoria de 1,06 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre, devido ao controle de custos e aumento da receita. No ano, o ROE ficou em 4,9%.

O Inter encerrou 2023 com 30,4 milhões de clientes, com uma taxa de ativação de 54%, totalizando 16,4 milhões de clientes ativos. O volume transacionado (TPV) alcançou R$ 253 bilhões em cartões e PIX no quarto trimestre e R$ 850 bilhões no ano. Para 2024, o banco prevê um volume de transações de mais de R$ 1 trilhão.

A inadimplência, considerando atrasos entre 15 e 90 dias, foi de 4% da carteira, ante 4,3% do terceiro trimestre de 2023. Acima de 90 dias, foi de 4,6%, comparado a 4,7% em setembro. Segundo Riccio, o pico das taxas foi no segundo trimestre do ano passado.

A captação de R$ 800 milhões em janeiro, mesmo com um forte nível de capitalização, foi um movimento estratégico para ampliar a base de investidores do banco no exterior e a liquidez das ações na Nasdaq. Os resultados após a oferta indicam que os objetivos estão sendo alcançados, com a liquidez diária atingindo US$ 9,2 milhões em alguns dias, frente aos US$ 1 milhão a US$ 2 milhões anteriormente. "Mais capital traz mais robustez", afirmou o executivo.

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