Essa conquista representa um benefício financeiro substancial, totalizando R$ 888 milhões

O Brasil atingiu um marco significativo ao exportar 844 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina e Uruguai em 2023, marcando o maior volume já registrado na história do país, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essa conquista representa um benefício financeiro substancial, totalizando R$ 888 milhões, oferecendo uma redução nos custos de produção de hidrelétricas e minimizando os impactos nas tarifas dos consumidores brasileiros.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, explicou que esse recorde de exportação foi alcançado em duas fases ao longo do ano passado. Uma parte correspondeu à exportação de energia proveniente de centrais termelétricas, totalizando 354 megawatts médios, dos quais 86% foram destinados à Argentina e 14% ao Uruguai. Essa operação gerou um benefício de R$ 106 milhões, refletindo nas tarifas dos consumidores.

A outra parte envolveu energia hidráulica, com uma exportação de 490 megawatts médios, sendo 77% destinados à Argentina e o restante ao Uruguai. Essa exportação resultou em um benefício significativo de aproximadamente R$ 782 milhões no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

Ramos destacou que o excedente de água nos reservatórios, impulsionado pelo período úmido, contribuiu para a exportação bem-sucedida. Além disso, as energias renováveis geradas por usinas eólicas e solares desempenharam um papel crucial nesse cenário positivo. Ele ressaltou que, embora a exportação para Argentina e Uruguai seja uma questão de viabilidade operacional, não há previsão de exportação neste início de ano devido à expectativa de aumento na demanda de energia devido ao calor.

O recorde de exportação em 2023 foi possível, em parte, devido à implementação do procedimento competitivo para a Exportação de Vertimento Turbinável (EVT), que facilitou a negociação com países vizinhos. Ramos enfatizou a importância de aprimorar as regras de importação e exportação, trabalhando junto ao Ministério de Minas e Energia para otimizar esses processos.

Essa conquista histórica demonstra não apenas a capacidade de exportação do Brasil, mas também destaca a importância do setor elétrico na promoção de parcerias regionais benéficas e no aproveitamento eficiente dos recursos disponíveis.

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