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Nesta terça-feira, a B3 anunciou que as ações da Braskem (BRKM5) serão excluídas de sua carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) a partir de sexta-feira. Esta decisão é uma resposta ao agravamento dos problemas nas minas de sal-gema da Braskem em Maceió, capital de Alagoas.
A B3 ativou em 1 de dezembro seu Plano de Resposta a Eventos ESG relacionados ao ISE B3, devido à emergência declarada pela prefeitura de Maceió em torno de uma das minas da Braskem. Recentemente, as autoridades alertaram para o potencial colapso de uma mina de sal-gema localizada abaixo da cidade. A mineração nesta área, iniciada nos anos 1970, foi suspensa em 2019 após o surgimento de rachaduras em ruas e edifícios de Maceió, causadas pelas grandes cavidades resultantes da atividade de extração.
A exclusão da Braskem do ISE pela B3 leva em conta quatro aspectos principais: o impacto ESG da crise, como a empresa gerencia a crise, o efeito da crise na imagem da empresa e como a empresa responde à crise. A B3 esclarece que essa decisão não implica um julgamento prévio sobre as responsabilidades da Braskem, mas segue a metodologia do ISE B3.
O regulamento do ISE B3 inclui a possibilidade de excluir ativos envolvidos em incidentes que contradigam os objetivos do índice. Apesar de não admitir responsabilidade pelo incidente em Alagoas, a Braskem já destinou 14,4 bilhões de reais para compensações e estabilização das minas.
Adicionalmente, a Braskem retirou-se da conferência sobre clima COP28. Quanto ao ISE, a B3 informou que a quota da Braskem será redistribuída entre os demais ativos do índice, sendo Lojas Renner (LREN3), Telefônica Brasil (VIVT3) e Klabin (KLBN11) os de maior peso na carteira atual.