CCR se planeja para estruturar a venda de 20 aeroportos na América Latina
Para a negociação dos aeroportos, a CCR conta com a assessoria do Lazard e do Itaú BBA

A CCR contratou quatro bancos para estruturar a venda de 20 aeroportos na América Latina e participações em cinco outros ativos de mobilidade no Brasil, como parte de sua estratégia de reestruturação de portfólio. Segundo fontes com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News, a companhia busca levantar até R$ 10 bilhões nos próximos anos para reduzir sua dívida e reforçar investimentos em áreas estratégicas.

Para a negociação dos aeroportos, a CCR conta com a assessoria do Lazard e do Itaú BBA, enquanto Goldman Sachs e BTG Pactual foram encarregados de estruturar a venda de fatias minoritárias nos ativos de mobilidade urbana, que incluem metrôs e ferrovias. Fontes indicam que ao menos seis companhias demonstraram interesse nos ativos da CCR.

Atualmente, a empresa opera 17 aeroportos no Brasil e outros três no Equador, Costa Rica e Curaçao, movimentando um total de 43 milhões de passageiros por ano. Os ativos internacionais representam mais de 60% do lucro da unidade aeroportuária da CCR. No entanto, a companhia decidiu focar sua atuação no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos, onde detém cerca de 35% do market share do setor de rodovias.

A venda da participação em ativos de mobilidade, que está sendo conduzida por Goldman Sachs e BTG Pactual, deve ser concluída apenas em 2026. Enquanto isso, o processo de alienação dos aeroportos ainda está em estágio inicial, sem um modelo de transação definido. No entanto, segundo uma das fontes, a opção mais cogitada pelos administradores da CCR é a venda integral da plataforma aeroportuária.

O impacto da notícia refletiu no desempenho das ações da CCR, que reduziram perdas após a publicação da Bloomberg News. Os papéis da companhia já acumulam alta de 12% neste ano, impulsionados pelo avanço do plano de desinvestimentos, enquanto o Ibovespa subiu 2,5% no mesmo período. No ano passado, as ações da CCR registraram uma queda de 28%.

 

Procurados para comentar o assunto, Goldman Sachs e Itaú não se manifestaram. Lazard e BTG Pactual também não responderam imediatamente aos pedidos da Bloomberg News.

(Com Bloomberg)

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