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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar as denúncias feitas pelo Itaú Unibanco (ITUB4) contra Alexsandro Broedel, ex-diretor financeiro do banco, e Eliseu Martins, um dos principais especialistas em contabilidade do Brasil. A iniciativa foi tomada após o Itaú protocolar, na última sexta-feira (6), uma ação civil contra Broedel, acusando-o de violar políticas internas e atuar em "grave conflito de interesses".
O caso envolve contratações de pareceres técnicos que, segundo o banco, teriam beneficiado Broedel de forma indevida. A CVM solicitou esclarecimentos sobre as informações veiculadas na imprensa, dando ao Itaú até terça-feira (10) para responder.
O banco também contratou um escritório de advocacia para conduzir a ação civil de reparação de danos contra Broedel e Eliseu Martins, sócio do ex-diretor. A apuração, inicialmente divulgada pelo site Brazil Journal, aponta que o Itaú planejava entrar com a ação somente em janeiro de 2025, após o recesso do Judiciário. No entanto, a gravidade das acusações e os possíveis desdobramentos no mercado levaram à antecipação do processo.
Na última sexta-feira, representantes do Itaú se reuniram com a área técnica da CVM para discutir as movimentações do mercado em relação ao caso, de acordo com o jornal Valor Econômico. A investigação agora será conduzida pela autarquia, que buscará esclarecer os fatos e avaliar eventuais infrações às normas do mercado de capitais.