Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 63,9 bilhões, superando tanto o saldo negativo de R$ 50,2 bilhões do mesmo mês em 2023 quanto o déficit de R$ 58 bilhões estimado pelo consenso LSEG de analistas.
Nos últimos doze meses, o déficit acumulado do setor público consolidado atingiu R$ 280,2 bilhões, equivalendo a 2,53% do PIB, um aumento de 0,11 ponto percentual em relação ao déficit acumulado até abril. De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (28), o Governo Central teve um déficit de R$ 60,8 bilhões, os governos regionais registraram um saldo negativo de R$ 1,1 bilhão, e as empresas estatais tiveram um déficit de R$ 2 bilhões no mês.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 138,3 bilhões em maio.
No acumulado de doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 1,061 trilhão (9,57% do PIB), comparado ao déficit nominal de R$ 1,042 trilhão (9,45% do PIB) até abril de 2024.
Dívidas Líquida e Bruta: A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegou a R$ 6,9 trilhões em maio, correspondendo a 62,2% do PIB, um aumento de 0,7 ponto percentual no mês. No ano, a Dívida Líquida cresceu 1,2 ponto percentual do PIB.
O resultado do mês refletiu, principalmente, os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,6 p.p.), da desvalorização cambial de 1,3% no mês (redução de 0,2 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que inclui o Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais — atingiu 76,8% do PIB (R$ 8,5 trilhões) em maio, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.
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