A Secretaria de Política Econômica (SPE) revisou para baixo a projeção da dívida bruta do governo em 2025, estimando agora 80,3% do PIB, ante 80,7% previstos em fevereiro. A queda reflete a melhora nas estimativas do PIB nominal, menor déficit primário e os efeitos das medidas fiscais adotadas no início do ano. A previsão de crescimento para 2025 é de 2,4%. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Boletim Macrofiscal.
O governo aprovou, no fim de 2023, um pacote de revisão fiscal com economia prevista de R$ 71 bilhões em dois anos. Para 2025, a estimativa era de R$ 30 bilhões, mas a equipe econômica afirma que o impacto será maior e será detalhado no relatório de Receitas e Despesas no dia 22 de maio.
A dívida bruta, que em março estava em 75,9% do PIB, vinha em trajetória de alta desde maio de 2024, mas as novas projeções indicam estabilização. A expectativa é de que a DBGG atinja 81,3% do PIB em 2026, 82,5% em 2027 e 83,7% em 2028.
A política monetária segue apertada, com a Selic em 14,75% ao ano — maior patamar desde 2006. O Banco Central sinalizou que os juros devem continuar subindo na próxima reunião do Copom.
