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O Einstein alcançou 77/100 na avaliação sobre adoção de critérios Ambientais, Sociais e de Governança nas suas atividades, segundo a S&P Global Rating, conquistando um ponto a mais em relação à análise anterior, realizada em 2022. Números mais altos indicam maior sustentabilidade de seu modelo de operação de acordo com o rating, direcionado pela missão de prover benefícios sociais por meio da alta qualidade, segurança e inovação em assistência e na promoção de maior equidade de acesso à uma saúde de qualidade à população.
Na comparação com outras avaliações públicas da S&P, a pontuação mantém a organização entre as três melhores do mundo na cadeia de saúde (entre hospitais, empresas de equipamentos e insumos, e farmacêuticas) e a mais bem posicionada na América Latina quando comparada a empresas dos mais diversos setores.
O rating tem o objetivo de dar transparência às práticas de ASG (sigla em português para o termo ESG - Environmental, Social and Governance) das organizações e de medir o desempenho da agenda de sustentabilidade, incluindo emissões e resíduos, diversidade e inclusão, segurança, relações com a comunidade, estrutura de governança, valores organizacionais, entre outros. “A forte preparação do Einstein reflete o excelente conhecimento de seu Conselho sobre os fatores de disrupção do setor e uma cultura que incorpora seus objetivos estratégicos, financeiros e não financeiros em toda a organização, incluindo os principais stakeholders”, destaca o relatório.
A publicação pontua, ainda, que a estratégia de longo prazo do Einstein é a de continuar se concentrando em sua prática privada para autofinanciar a inovação e a excelência dos serviços de saúde, ao mesmo tempo em que aumenta gradualmente o acesso à assistência de alta qualidade na rede pública, em linha com sua missão social. “Houve uma implementação efetiva da estratégia da organização com o aumento de leitos, novos empreendimentos, criação de estruturas internas e planos para alcançar a excelência em todas as operações, mantendo gestão financeira estável”, avalia a S&P.
Segundo Sidney Klajner, presidente do Einstein, a estratégia ASG da organização tem como propósito genuíno transformar os serviços de saúde no Brasil, no desenvolvimento de pesquisas, no fomento à inovação, na adoção de tecnologias, no ensino e na capacitação de profissionais. “Essa atuação multifacetada gera um conhecimento amplo que é compartilhado e direcionado, também, a promover a equidade em saúde. Isso faz parte da nossa missão como entidade filantrópica, de um compromisso claro e prioritário para reduzir as disparidades no acesso à saúde.”, afirma Klajner.
Em 2011, o Einstein elaborou a primeira versão do Plano Diretor de Sustentabilidade para orientar a adoção de princípios de sustentabilidade de forma integrada à sua estratégia e objetivos. O Plano vem passando por revisões periódicas e sua versão 2023-2028 está em linha com os critérios ASG, com metas concretas associadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, no último ano, a organização criou uma superintendência dedicada a desenvolver iniciativas voltadas ao ASG, com núcleos variados de atuação.
“Temos um compromisso com a excelência na assistência à saúde e, para isso, desenvolvemos iniciativas destinadas a aprimorar continuamente a gestão, impulsionar a inovação e promover o desenvolvimento tecnológico. Esse compromisso se materializa por meio de investimentos em áreas de vanguarda, como big data, inteligência artificial e terapia celular, e uma gestão ambiental e operacional respaldada por uma governança robusta que permeia todas as nossas unidades públicas e privadas. Dessa maneira, promovemos a melhoria dos resultados de saúde nas comunidades em que atuamos”, informa Henrique Neves, diretor geral do Einstein.
A organização faz a gestão de três hospitais públicos no Brasil – o Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho e o Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, em São Paulo, e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, em Goiás –, além de outras 27 unidades públicas como UBS (Unidades Básicas de Saúde), AMAs (Assistência Médica Ambulatorial), CAPS (Centros de Apoio Psicossocial), SRTs (Serviços de Residências Terapêuticas) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) na capital paulista.
O compromisso social da organização, no entanto, vai além da assistência à saúde. Neste ano, o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, liderado pelo Voluntariado, completou 25 anos de atuação na promoção de atividades ligadas à educação, esportes, artes, serviço social e capacitação profissional para ajudar a reduzir vulnerabilidades socioeconômicas na comunidade. Neste período, já foram realizados mais de seis milhões de atendimentos. Além disso, desde 2021, o Einstein é responsável pela gestão do Centro de Educação Infantil (CEI) Perobeiras – creche localizada na Chácara Santa Maria, bairro de São Paulo, com capacidade para atender 240 crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade.
Clima e Saúde
No sistema de saúde, que precisa lidar diretamente com o efeito das mudanças climáticas sobre as populações, a necessidade de fomentar iniciativas ligadas à redução de emissões e à promoção da equidade em saúde se mostra ainda mais urgente. O rating apontou um crescimento acima da média nas métricas ambientais que reflete as ações contínuas da organização para entender e mitigar o risco ambiental em suas operações, incluindo práticas em gestão de resíduos e metas de redução de emissões de gases. Em 2021, o Einstein aderiu à campanha “Race to Zero” com a Organização Global Saúde Sem Dano, comprometendo-se a reduzir 50% de suas emissões totais de gases de efeito estufa até 2030 e a neutralizá-las totalmente até 2050. Reafirmando esse compromisso, em 2023, e também aderiu ao Movimento Ambição Net Zero, iniciativa da ONU que também preconiza a neutralização até 2050. Além disso, vem instalando painéis solares, substituindo gás natural e diesel por alternativas como energia elétrica, etanol e biometano, e investindo em sistemas mais eficientes. Contudo, por serem ações ainda recentes e em curso, os esforços para neutralizar as emissões são um desafio na jornada ASG da organização, observa o relatório. Guilherme Schettino, diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Einstein, explica que, além desse projetos, outros se somam ao esforços para contribuir com as metas assumidas, como o engajamento de fornecedores e outras partes interessadas.
“Parte das emissões contabilizadas vem da cadeia de fornecimento e, no último ano, realizou-se um trabalho de engajamento de fornecedores com o intuito de medir a sua performance, de forma quantitativa e transparente, incentivando as boas práticas ASG alinhadas às nossas estratégias. Realizou-se o inventário de Escopo 3 garantindo o avanço e preocupação com as emissões indiretas”, diz Schettino.
O relatório da S&P pode ser acessado no link.