Exclusivo: analista aponta os principais fatores na economia no Brasil e no mundo
Confira a análise exclusiva para o portal Boletim Nacional, feita pelo economista André Galhardo

André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, analisa, para o portal Boletim Nacional,  o cenário econômico nacional e mundial da semana.

Agenda economia: Nacional

  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deve desacelerar em julho. Segundo a nossa projeção, o indicador deve apresentar variação de 0,15% em comparação ao mês anterior, quando a variação foi de 0,39%. Com isso, a inflação brasileira medida pelo IPCA-15 deve se manter dentro dos limites da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o acumulado de 2024, marcando 4,29%. Caso essa variação se confirme, representará uma aceleração significativa em relação ao mesmo mês de 2023, quando houve uma deflação de 0,07%. 

  • O Investimento Direto no País (IDP) deve apresentar um crescimento robusto em junho. Após um resultado modesto em maio, o IDP deve mais que dobrar, alcançando US$6,5 bilhões, de acordo com a nossa projeção. Se concretizado, este resultado continuará o ciclo positivo de investimentos estrangeiros no Brasil observado desde 2023. Entretanto, a conta de transações correntes deve novamente apresentar déficit no mesmo mês, projetado em US$4,0 bilhões. 

  • A receita tributária federal deve crescer em junho. A arrecadação brasileira deverá mostrar nova alta na leitura que será divulgada. A nossa projeção aponta valores próximos a R$216,1 bilhões. Se concretizado, isso representará um crescimento de 20% em termos nominais em comparação ao mesmo mês do ano passado. A arrecadação federal de 2024 tem se mostrado robusta, sustentada principalmente pelo aumento do consumo das famílias e correções de distorções tributárias. 

  • O Brasil deve gerar mais empregos formais em junho. O cenário benigno do mercado de trabalho deverá permanecer em junho. Pela nossa projeção, o CAGED deve apontar a criação de 172.212 novos empregos. Se confirmado, esse resultado representará uma elevação significativa em relação a maio, mês no qual o país gerou 131,8 mil vagas formais. Em relação a junho do ano passado, o resultado significaria um crescimento de 10%. 

Agenda economia: Internacional 

  • Prévia do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano deve sinalizar desaceleração da atividade econômica. Os dados prévios do PIB para o segundo trimestre devem indicar uma desaceleração da atividade econômica nos Estados Unidos. A perspectiva do mercado é que a atividade econômica tenha atingido expansão de 1,4% ante 2,0% no primeiro trimestre. Caso a desaceleração se confirme, abre mais possibilidades do Fed (Federal Reserve) iniciar o afrouxamento monetário em setembro na tentativa de frear uma desaceleração mais pronunciada. 

  • Estabilidade no PCE (índice de preços de gastos com consumo) deve abrir caminho para corte de juros. A perspectiva de estabilidade do PCE, principal métrica utilizada pelo Fed nas suas decisões de política monetária, deverá impulsionar o Banco Central dos Estados Unidos a realizar o primeiro corte na taxa de juros em setembro. Embora exista uma reunião em julho, é improvável que o Fed altere a taxa de juros nessa oportunidade, aguardando mais indicadores de que a inflação está de fato convergindo para a meta, além de esperar dados mais consistentes de que a atividade econômica está desacelerando. 

  • Varejo alemão deve confirmar fragilidade na atividade econômica no país. A maior economia da Europa vem encontrando dificuldades em se recuperar após a pandemia. A fragilidade da atividade econômica do país reflete no varejo que deve apresentar estabilidade na comparação mensal. O comércio alemão tem sofrido com juros altos e inflação, além das incertezas sobre o comportamento futuro da economia, o que faz com que muitos consumidores posterguem suas decisões de consumo.

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