O fundo imobiliário Riza Arctium (RZAT11) comunicou ao mercado que a Aspam, locatária de um imóvel logístico localizado em Goiânia (GO), deixou de pagar o aluguel referente ao mês de março. A inadimplência gerou um impacto de R$ 0,29 por cota no resultado do fundo, mas não comprometeu a distribuição de dividendos, segundo fato relevante divulgado à CVM.
Graças ao acúmulo de R$ 0,51 por cota em sobras, o RZAT11 conseguiu manter a distribuição de R$ 1,10 por cota, com pagamento previsto para 23 de abril. O fundo ressaltou que o valor será sustentado mesmo diante da ausência de receita no período, reforçando a estratégia de preservação de fluxo aos cotistas.
Inadimplência também atinge remuneração por opção de recompra
Além do aluguel, a Aspam também deixou de pagar a taxa referente à opção de recompra do imóvel, um mecanismo contratual que permite à empresa readquirir o ativo futuramente. O armazém havia sido vendido ao RZAT11 em 2022, por cerca de R$ 70 milhões, por meio de uma operação sale and leaseback — modelo em que a empresa vende o imóvel, mas permanece como locatária.
Para manter esse direito de recompra, a Aspam precisa pagar mensalmente uma remuneração ao fundo, baseada no valor original da aquisição corrigido pelo IPCA. O não pagamento da taxa representa mais uma inadimplência contratual, e a Riza Asset Management, gestora do FII, informou que cobrará multa pelo descumprimento. Os valores eventualmente recebidos serão repassados aos cotistas.
Histórico de atrasos, mas com regularizações
Segundo o comunicado, a locatária já enfrentou dificuldades anteriores relacionadas ao fluxo de caixa, o que resultou em atrasos pontuais nos pagamentos. No entanto, o fundo destacou que a empresa tem histórico de regularizar as pendências, e segue monitorando a situação.
Com a inadimplência pontual absorvida pelas sobras acumuladas e o compromisso de cobrança formal por parte da gestora, o RZAT11 mantém estabilidade nos rendimentos no curto prazo.
