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O chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, ressaltou que o valor de importação de criptoativos em abril, de US$ 1,7 bilhão, foi um valor estabilizado em comparação ao mês anterior, “mas em nível bastante elevado”. Em março, o registro de importação foi de US$ 1,8 bilhão.
Rocha ressaltou que o valor de abril é mais do que o dobro do registrado em abril de 2023, quando as importações de criptoativos somaram US$ 763 milhões.
O chefe do departamento de estatísticas mencionou duas razões para esse crescimento das importações de criptoativos. Rocha cita que a primeira razão seria um crescimento desse mercado.
“Embora os criptoativos não sejam propriamente uma novidade, eu ainda diria que eles estão ganhando mercado, ainda é uma coisa que começou não há muito tempo”.
O segundo ponto, segundo o chefe do departamento, seria que as pessoas estão ganhando mais conhecimento sobre o tema, sobre como utilizar e o que fazer com os criptoativos.
“Mais serviços estão surgindo, mais formas de investimentos estão acontecendo nessas criptomoedas’.
O chefe do departamento de estatísticas explicou que as informações são obtidas por meio de contratos de câmbio de empresas que importam esses criptoativos para atender a demanda dos clientes no país. Segundo Rocha, esses valores reduzem o superávit da balança comercial de bens, que foi de US$ 6,8 bilhões em abril.
Rocha ainda explicou que a estatística não tem uma separação entre o que são “stablecoins’, moedas digitais com paridade em divisas como dólar, e o que são moedas parecidas com o bitcoin. Segundo Rocha, no contrato de câmbio não tem um campo formatado para identificar esse tipo de informação.