O número de indivíduos em situação de inadimplência aumentou aproximadamente 5,3% durante o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o levantamento da Boa Vista, divulgado pela Agência Estado, essa foi a variação em comparação com 2022, considerando dados sem ajuste sazonal.
Embora o indicador tenha apresentado crescimento no acumulado do ano passado em relação ao ano anterior, houve uma redução ao longo do ano no número de inadimplentes. Após encerrar 2022 em 19,9%, a taxa chegou a atingir 22,4% no acumulado de 12 meses até março, antes de iniciar uma trajetória de desaceleração.
O desempenho desse indicador, segundo a avaliação do economista da Boa Vista, Flávio Calife, reflete melhorias nos fatores condicionantes. "Os números do mercado de trabalho foram bastante positivos no ano passado, a taxa de desemprego diminuiu consistentemente e a renda média aumentou em termos reais".
A Boa Vista também destaca que os dados mensais e dessazonalizados corroboram o alívio econômico. Em 2023, foram registradas oito reduções na comparação mensal. O número de inadimplentes diminuiu 0,9% em dezembro, em relação ao mês anterior. O indicador acumulou quedas de 7,8% no segundo semestre e de 6,8% no ano, considerando ajustes nos números.
"O endividamento e o comprometimento da renda estão melhorando gradualmente. Além disso, soma-se a isso uma inflação, até agora, sob controle, uma tendência de queda na taxa de juros e, por fim, a prorrogação do [programa de renegociação de dívidas] Desenrola por mais três meses. O ano de 2024 começa com boas expectativas para a inadimplência", acrescenta Calife.
