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A Vale (VALE3) divulgou um lucro líquido de US$ 2,418 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), uma queda de 35,1% em comparação com os US$ 3,724 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, houve um aumento de 14,7%. Esse desempenho ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela LSEG, que projetavam um lucro de US$ 4,1 bilhões.
Por outro lado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingiu US$ 6,334 bilhões, representando um aumento de 36,9% em relação ao ano anterior e em linha com as expectativas da LSEG, que estimavam US$ 6,3 bilhões. A Vale atribui esse crescimento do Ebitda ao bom desempenho operacional e aos preços mais altos do minério de ferro. O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, diminuiu 5% trimestre a trimestre, atingindo US$ 20,8/t no 4T23.
A receita líquida totalizou US$ 13,1 bilhões, um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior e em linha com as projeções de US$ 13,15 bilhões. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 874 milhões no quarto trimestre de 2023, representando um aumento de 32,8% em relação às perdas financeiras do mesmo período de 2022.
O lucro bruto alcançou R$ 6,163 bilhões no quarto trimestre de 2023, um aumento de 28,8% em comparação com o mesmo período de 2022. A margem bruta foi de 47,2% no 4T23, um aumento de 7,1 pontos percentuais em relação à margem do 4T22.
O Fluxo de Caixa Livre das Operações foi de US$ 2,5 bilhões no 4T23, representando uma conversão de Ebitda em caixa de 37%.
Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da empresa era de US$ 9,560 bilhões, um aumento de 20,8% em relação ao mesmo período de 2022. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,5 vez em dezembro de 2023, um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.
Os investimentos totalizaram US$ 2,1 bilhões no 4T23, um aumento de US$ 331 milhões em comparação com o ano anterior, principalmente devido aos maiores investimentos nos projetos de Soluções de Minério de Ferro, como Capanema e Estrada de Ferro Carajás, e os esforços para melhorar as operações de mina de Metais para Transição Energética.
Os analistas esperavam um quarto trimestre positivo para a Vale em termos de desempenho operacional. Volumes positivos, com remessas totais de 90,3 milhões de toneladas e produção de 89,4 milhões, já divulgados na prévia, juntamente com os preços elevados do minério, impulsionaram os resultados da empresa no período.
Diante desses números, os investidores estavam atentos a sinais sobre provisões, dividendos, sucessão do CEO e notícias relacionadas às licenças de operações.