O pequeno Miro Latansio Tsai encontrou os corpos celestes no final do ano passado

O brasileiro Miro Latansio Tsai, de 5 anos, foi reconhecido como a pessoa mais jovem do mundo a identificar asteroides. Apaixonado por planetas e estrelas, o garoto descobriu 15 corpos celestes que foram aprovados em preliminares pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC) e, posteriormente, serão confirmados pela Agência Espacial Americana (NASA).

O gosto pela astronomia começou aos dois anos, quando passou a questionar os pais sobre a temperatura do sol e o motivo pelo qual a noite vinha acompanhada da lua. Durante um passeio ao Museu Catavento, em São Paulo, Carla Latansio, mãe do astrônomo-mirim, percebeu que o filho tinha aptidão para a ciência: ao ver a sequência de planetas exposta na parede, ele começou a falar o nome de todos, um a um.

"Eu e meu marido não trabalhamos com nada relacionado à ciência. Esse episódio do museu foi surpreendente porque não tínhamos a menor ideia de que ele sabia o nome dos planetas. Ele provavelmente deve ter visto em desenhos e aprendido. Já com três anos, o Miro pedia para ver documentários sobre o espaço sideral e começava a contar para nós a existência de buracos negros. Essa foi a hora que a gente descobriu que não era um saber pontual, mas um gosto muito particular e amado por ele", afirmou a mãe.

Foi no período de pandemia que Miro teve a oportunidade de realizar o sonho de observar o céu mais de perto, momento em que os pais conheceram o projeto Caça Asteroides, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e inscreveu o filho. Com aptidão para manusear o programa usado para identificar corpos celestes, o menino localizou entre outubro e novembro do ano passado 15 corpos celestes nunca antes vistos.

A conquista inédita de Miro, que ainda vai para o primeiro ano do ensino fundamental em agosto deste ano, fez com que ele fosse convidado para a 18º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, onde recebeu um certificado de mérito do MCTI, da Iasc e da NASA por suas descobertas.

"Fiquei muito orgulhoso quando ganhei as medalhas. Eu adoro caçar asteroides para proteger o planeta. Vai que algum meteoro bate na terra e explode tudo? Igual aconteceu com os dinossauros, pode acabar a era dos humanos (sic)" disse Miro, que também já ganhou um certificado da NASA por ter solucionado um problema galático no projeto Space Apps Challenge (Desafio de Aplicativos Espaciais, na tradução).

O projeto brasileiro que introduziu Miro na astronomia é o mesmo frequentado pela alagoana Nicole Oliveira, de oito anos, que antes do companheiro de descobertas ocupava a primeira posição entre as pessoas mais jovens do mundo a descobrir asteroides. Nicolinha, como é carinhosamente conhecida, recebeu o título de astrônoma amadora e foi premiada por encontrar 23 corpos celestes.

A paixão da menina pela astronomia foi o fator que mobilizou o MCTI a alterar suas políticas de participação e faixa etária, abrindo espaço para mais crianças que desejam seguir o mesmo caminho participarem do Caça Asteroides.

Com Agência O Globo

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