Metade dos brasileiros não investe; 68% dos investidores preferem a Poupança
Poupança continua sendo o principal investimento, mas perde cada vez mais espaço

Em 2023, 37%da população brasileira investia em produtos financeiros, de acordo com a 7ª edição do Raio-X do Investidor, divulgada nesta terça-feira (30). O estudo foi conduzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o DataFolha. O número mostra uma estabilidade em relação a 2022, quando 36% da população investia.

O relatório destaca a diferença entre as classes sociais. As classes A e B lideram em percentual de investidores, com 55%, enquanto as classes D e E têm apenas 20% dos seus membros investindo. A classe C se aproxima da média nacional, com 38%.

A segurança e o retorno financeiro são considerados os principais motivos para investir. No entanto, muitos entrevistados destacaram desvantagens, como o baixo retorno e a dificuldade para resgatar o dinheiro após longos períodos.

Poupança continua sendo o principal investimento, mas perde cada vez mais espaço

A caderneta de poupança segue como a opção mais popular para os investidores no Brasil, mas seu uso está em queda. Em 2023, 25% da população investiu na poupança, uma redução de 1 ponto percentual em relação a 2022. Entre os investidores, 68%aplicaram na poupança, uma queda de 4 pontos percentuais. Apesar do recuo, os percentuais continuam maiores do que a quantidade de brasileiros que fizeram apostas em 2023; pelo menos 14% da população realizou uma aposta no ano passado.

Os objetivos para investir são variados. Segundo a pesquisa, 33% das pessoas querem comprar um imóvel, 20% preferem manter o dinheiro aplicado, 10% planejam uma viagem,10% querem comprar um carro e 9% têm como objetivo a aposentadoria.

Expectativas para 2024 indicam crescimento do número de investidores

A pesquisa traz um panorama otimista para 2024. Cerca de 13% da população que ainda não investe planeja começar a investir ou migrar para produtos financeiros. Isso deve compensar os 13 milhões de investidores que planejam abandonar seus produtos financeiros ou parar de investir.

Com um saldo líquido positivo de 8 milhões de novos investidores, o percentual da população investidora deve subir de 37% em 2023 para 41% em 2024. O aumento esperado sugere que o mercado financeiro brasileiro continuará a crescer nos próximos anos, com novas oportunidades e desafios para investidores e instituições financeiras.

 

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