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Desde o lançamento em novembro, o Pix toma cada vez mais espaço no mercado de pagamentos. O serviço de transferências gratuito para pessoas físicas não demorou para cair nas graças dos brasileiros. Até fevereiro deste ano, a tecnologia criada pelo Banco Central já possuía 73 milhões de usuários e acumulava mais de 275 milhões de operações feitas.
A chegada do sistema colocou em dúvida a continuidade de modalidades mais antigas de transferência – e de fato, o novo serviço se mostrou um concorrente de peso. De acordo com o Banco Central, foram 375,3 milhões de transferências via Pix realizadas em entre janeiro e 25 de fevereiro de 2021, contra 249,9 milhões feitas via TED e DOC.
Mesmo com o enorme sucesso, as novidades não devem parar nos três principais diferenciais do serviço: gratuidade para pessoas físicas, instantaneidade e funcionamento 24 horas por dia. A partir de julho deste ano, o Banco Central deve dar início ao desenvolvimento das regras para o funcionamento do Pix Garantido, que permitirá o parcelamento de compras. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2022.
“Hoje, quando você vai fazer um pagamento com o Pix, o recurso cai na hora na conta do recebedor. Há também como agendar, mas nessa modalidade o recebedor nem fica sabendo do agendamento e não há garantia. Então se o pagador falir, já era”, afirma Carlos Netto, CEO da Matera, empresa de desenvolvimento de tecnologia para o mercado financeiro. “Com o Pix Garantido, você poderá agendar o pagamento das contas e o recebedor ficará sabendo do agendamento.”
O especialista explica também que poderá haver a figura do intermediador, ou seja, um banco que garantirá que os recursos serão pagos na data agendada, mesmo se não houver crédito na conta que deveria ser debitada. “Você também não poderá desagendar o pagamento e eventualmente existirá essa figura do fiador. Ou seja, mesmo que o pagador venha a falir, os recursos chegarão à conta de destino”, ressalta Netto.
(Jenne Andrade)