A proposta pretende atender a demandas da agricultura de precisão

A Universidade Federal do Maranhão, por meio da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), firmou parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Maranhão (Secti) para construção de um novo nanossatélite a ser desenvolvido por pesquisadores do Curso de Engenharia Aeroespacial da Instituição. A proposta pretende atender a demandas da agricultura de precisão, além de servir para o desenvolvimento de pesquisas na área de engenharia aeroespacial.

O projeto será coordenado, na UFMA, pelos professores dos cursos de Engenharia Aeroespacial Carlos Alberto Rios Brito Júnior e Luis Claúdio de Oliveira Silva, que já coordenam a construção do primeiro nanossatélite desenvolvido pela UFMA, o Aldebaran I.

Os nanossatélites na tendência “New Space”

Em entrevista para a Ageufma, o professor Luís Cláudio Silva acrescentou ainda que o lançamento de nanossatélites faz parte de uma tendência internacional denominada New Space. Ele destacou também que essa tendência de ordem internacional envolve o desenvolvimento de diversos equipamentos, processos e serviços para a exploração espacial.

“O nanossatélite em questão faz parte de uma categoria de satélites que configura a prática do New Space, entretanto essa tendência está relacionada a todos os serviços que são possíveis usando como meio os nanossatélites e satélites já existentes”, afirmou.

As principais características do New Space, segundo o professor, configuram os mais variados serviços desenvolvidos por pequenas e grandes empresas, organizações governamentais e educacionais, pois, anteriormente, esse tipo de exploração espacial era exclusivamente comandado por multinacionais.

“Grandes agências espaciais de ordem internacional comandavam esses programas espaciais. Hoje, elas continuam focadas na exploração espacial, mas, na parte comercial, quem está focado são as outras organizações. Além disso, o nanossatelite é mais democrático, sua construção permite utilizar componentes de baixo custo, se comparado com satélites maiores”, finalizou o professor.

Aplicação de nanossatélites na Agricultura 4.0

A proposta apresentada na reunião pretende desenvolver um nanossatélite para a Agricultura 4.0, que configura o uso de tecnologia da informação na atividade realizada pelo produtor rural e pela indústria do agronegócio. Com isso, será possível uma conexão em tempo real dos dados coletados pelas diversas tecnologias digitais, em sincronização com o nanossatélite, na busca de otimização da produção agrícola.

Com a agricultura 4.0 e a utilização do nanossatélite, o produtor rural poderá obter aumento da produtividade e da produção; monitoramento das operações agrícolas; identificação de pragas e doenças; diminuição de desperdício e redução de custos; análise da meteorologia e outras informações atmosféricas, além da sustentabilidade e diminuição de impactos no meio ambiente.

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