Veja as previsões macroeconômicas para o Brasil em 2024
É fundamental termos um conhecimento aprofundado da economia brasileira com as principais previsões macroeconômicas para o ano que virá

Estamos iniciando o penúltimo mês do ano, e é crucial lembrar que este é o momento ideal para que todas as empresas estejam trabalhando no processo de planejamento estratégico para o ano de 2024.

Confira abaixo previsões macroeconômicas para o Brasil em 2024

Inflação e Taxa de Juros:

A inflação esperada para 2023, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 4,75%, de acordo com a média do Sistema Expectativas de Mercado do BCB.

Essa previsão está alinhada ao limite superior da faixa de tolerância do regime de metas de inflação, estabelecido em 4,75%.

Para 2024, a expectativa é de uma inflação de 3,9%, acima da meta de 3,00%. No entanto, para 2025 e 2026, as projeções indicam valores entre 3,50% e 3,60%. Essas previsões refletem a influência de preços de alimentos e a recuperação do cenário econômico.

Crescimento do PIB:

A expectativa de crescimento do PIB em 2023 é de 2,9%, com um intervalo de um desvio-padrão entre 2,7% e 3,2%. Para 2024, a projeção é de 1,5%, com um intervalo de um desvio-padrão entre 1,1% e 2,0%. Essas previsões demonstram a recuperação da economia após os desafios da pandemia.

No entanto, é importante observar que as previsões para 2024 estão abaixo dos níveis anteriores em 2020 e 2021, quando eram de 2,5%. A média da pesquisa aponta para um crescimento estável de 1,9%, a partir de 2024 até 2027.

Finanças Públicas:

No que diz respeito às finanças públicas, espera-se uma transição do superávit de 1,3% do PIB em 2022 para um déficit de 1,1% do PIB em 2023, com um intervalo de um desvio-padrão entre 1,4% e 0,9% do PIB.

Para 2024, a expectativa média é de um déficit de 0,8% do PIB, com um intervalo de um desvio-padrão entre déficit de 1,2% e 0,5% do PIB.

A meta do novo arcabouço fiscal para 2024 é um déficit primário zero, com um intervalo de 0,25% do PIB para cima ou para baixo.

Espera-se uma redução contínua do déficit primário, tornando-se superávit, a partir de 2029.

Taxa de Câmbio:

A taxa de câmbio real/dólar deve fechar o ano de 2023 em R$ 4,97, o que representa uma desvalorização de 4,8% em relação ao fechamento de 2022.

As expectativas para os anos seguintes indicam uma ligeira desvalorização nominal do real. É fundamental notar que o cenário econômico global e as condições financeiras internacionais desempenham um papel essencial na determinação da taxa de câmbio.

Déficit em Transações Correntes:

O déficit em transações correntes deverá reduzir significativamente de 2,8% do PIB em 2022 para 1,9% do PIB em 2023.

De 2024 a 2027, espera-se uma estabilização em torno de 2,1% do PIB. Essa melhoria reflete o equilíbrio entre exportações e importações, além da evolução do mercado internacional.

Investimento Direto no País (IDP):

O IDP de 2024 a 2027 deve ser pelo menos 60% superior ao déficit em transações correntes. Isso sugere um fluxo positivo de investimento estrangeiro direto no País, o que pode ser um indicador positivo para o desenvolvimento econômico em médio e longo prazos.

Creio que esses são os principais indicadores macroeconômicos que as empresas precisam considerar para planejar seus próximos anos, mas não os únicos.

É fundamental também se atentar às particularidades de cada mercado específico e estar sempre preparado para ajustar estratégias e táticas, conforme necessário, à medida que as circunstâncias mudam.

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