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Contas do governo central têm superávit de R$ 20 bilhões em 12 meses até maio, diz Fazenda

No acumulado de 2025, o resultado fiscal está cerca de R$ 60 bilhões acima do verificado no mesmo período de 2024

As contas do governo central, que incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, devem registrar um superávit primário próximo de R$ 20 bilhões nos 12 meses encerrados em maio deste ano. A estimativa, divulgada inicialmente pelo Valor Econômico, foi confirmada pelo Ministério da Fazenda, que apresentará o dado oficial nesta quinta-feira durante a coletiva do Relatório do Tesouro Nacional (RTN) referente ao mês de maio.

No acumulado de 2025, o resultado fiscal está cerca de R$ 60 bilhões acima do verificado no mesmo período de 2024. O desempenho positivo é atribuído ao crescimento das receitas, impulsionado por uma atividade econômica ainda aquecida no início do ano, e à redução de despesas. Segundo a Fazenda, os gastos do governo caíram mais de 3% em termos reais em relação ao ano passado.

O Tesouro Nacional reconheceu que a política fiscal atual tem um efeito significativamente contracionista sobre a economia. De acordo com a pasta, a combinação entre o aumento expressivo do resultado primário e a redução das despesas primárias em termos reais tem impacto direto na contenção da demanda agregada.

Apesar do cenário fiscal mais favorável, o governo federal mantém cautela em relação à possibilidade de liberar os recursos bloqueados no orçamento. O Ministério da Fazenda informou que, até o momento, não há previsão para alteração nos níveis de contingenciamento anunciados em maio. A reavaliação oficial das receitas e despesas só ocorrerá em julho, com base nos dados do terceiro bimestre.

No Congresso Nacional, seguem em discussão medidas como a Medida Provisória 1.303, que propõe aumento da carga tributária para alguns setores, a regulamentação dos chamados supersalários e a reforma da previdência dos militares. A Fazenda afirmou que essas propostas não estão diretamente vinculadas ao cumprimento da meta fiscal de 2025 ou ao planejamento orçamentário de 2026, mas destacou que são temas relevantes e devem ser debatidos pela sociedade.

O ministério reforçou que qualquer atualização nas projeções fiscais seguirá os trâmites legais, incluindo as reavaliações bimestrais e a entrega da proposta orçamentária do próximo ano, prevista para agosto.

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