A Cogna (COGN3) divulgou nesta quarta-feira (6) os resultados do segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de um ano atrás e registrando lucro líquido de R$ 118 milhões. A receita líquida cresceu 15%, alcançando R$ 1,66 bilhão, enquanto o Ebitda recorrente subiu 14,5%, para R$ 551 milhões. A margem Ebitda ficou em 33,1%, com leve recuo de 0,3 ponto percentual. Segundo o CEO Roberto Valério, este foi o 17º trimestre seguido de crescimento do Ebitda.
Um dos destaques foi a geração de caixa: a operacional, após Capex, saltou 206% e atingiu R$ 296 milhões. Já a geração de caixa livre ficou em R$ 134 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 104 milhões do 2T24. O desempenho foi impulsionado pelo processo de gestão da dívida (liability management). A alavancagem caiu para 1,22x, o menor nível em seis anos, e a dívida líquida foi reduzida em R$ 526 milhões, totalizando R$ 2,8 bilhões.
Entre as divisões da Cogna, a Kroton se destacou com crescimento de 5,4% na base de alunos no primeiro semestre de 2025, chegando a 7% ao desconsiderar alunos do Prouni. O ticket médio também subiu 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. A unidade Vasta, voltada ao ensino básico, fechou o trimestre com 50 franquias, 30 a mais que no ano anterior, e receita de R$ 385 milhões, alta de 21,8%.
Já a Saber, braço da Cogna voltado à educação básica e soluções complementares, apresentou receita de R$ 83,9 milhões no trimestre, avanço de 14,6%. O crescimento foi puxado principalmente pela linha de Outros Serviços, que inclui Voomp e Acerta Brasil, com expansão expressiva de 81,2%.
Os números reforçam a recuperação da Cogna, com foco em rentabilidade, geração de caixa e redução de endividamento. Para a gestão, os resultados sinalizam que a companhia está alinhada às metas estratégicas e com espaço para seguir crescendo nos próximos trimestres.
