A Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024. De acordo com o Boletim Macrofiscal, divulgado nesta sexta-feira (13), a nova previsão é de um crescimento de 3,2%, ante os 2,5% estimados anteriormente.
Além disso, a equipe econômica ajustou as expectativas de inflação para o próximo ano, elevando a projeção de 3,9% para 4,25%, valor que se aproxima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo governo. O centro da meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Conforme o Boletim, essa nova projeção leva em conta fatores como a desvalorização cambial, a possível adoção da bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica no final do ano e o reajuste do piso mínimo dos preços do cigarro, ocorrido no mês passado.
Revisão de índices de inflação
O documento também trouxe revisões para outros indicadores de inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para a correção do salário mínimo, foi ajustada de 3,65% para 4,10%. No caso do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), utilizado em contratos de aluguel, a expectativa de alta passou de 3,60% para 3,80%.
Fernando Haddad antecipa expectativas otimistas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado essa revisão na última quarta-feira (11), quando mencionou que as reformas e propostas legislativas promovidas pelo governo contribuiriam para manter o aquecimento da economia. Durante a cerimônia Nova Indústria Brasil – Missão 4: Indústria e Revolução Digital, realizada no Palácio do Planalto, Haddad afirmou que o Brasil já havia garantido um crescimento de, no mínimo, 3% para 2024.
"Esse ano, nós já contratamos um crescimento de pelo menos 3%; nós não vamos crescer menos de 3% agora em 2024. Temos tudo para continuar crescendo num patamar superior à média nacional", declarou Haddad durante o evento.
