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O fundo imobiliário XP Malls (XPML11), que investe majoritariamente em shopping centers, registrou um resultado de R$ 56,1 milhões em fevereiro, alta de 11% em relação aos R$ 50,4 milhões obtidos em janeiro. O bom desempenho mensal reforça a consistência operacional do fundo, mesmo em um cenário desafiador para o varejo físico.
Além disso, durante o mês de março, o XPML11 promoveu vendas de aproximadamente R$ 66 milhões em cotas de outros fundos imobiliários (FIIs) listados na bolsa. A operação, que teve como objetivo gerar liquidez, proporcionou um retorno de CDI +1% ao ano, já considerando o impacto do pagamento de tributos. O movimento estratégico reforça a atuação ativa da gestão na otimização da carteira e na geração de caixa.
Apesar dos resultados positivos recentes, o fundo projeta a necessidade de caixa até o final de 2025. De acordo com a administração, há atualmente um déficit estimado em R$ 62 milhões, considerando a diferença entre as obrigações já assumidas e a soma de caixa, valores a receber e outras disponibilidades.
A gestão, no entanto, afirma que esse valor pode ser reduzido ou compensado ao longo do ano, à medida que forem realizadas novas operações de compra e venda de ativos, o que pode alterar a estrutura de receitas e despesas do fundo.
Outro ponto relevante no desempenho do XPML11 é o resultado acumulado não distribuído, que chegou a R$ 1,18 por cota ao fim de fevereiro. Isso representa uma reserva financeira que poderá ser usada para reforçar distribuições futuras. A próxima distribuição de proventos está programada para 25 de março, com pagamento de R$ 0,92 por cota.
O XP Malls segue como um dos fundos imobiliários mais relevantes no segmento de shopping centers, com gestão ativa e foco em ativos de qualidade. Ainda que a previsão de déficit até 2025 exija atenção dos cotistas, o desempenho operacional recente e as decisões estratégicas indicam que a administração está atuando de forma prudente para equilibrar o fluxo de caixa e manter a atratividade do fundo para os investidores.