Apetite dos investidores por risco cai ainda mais devido a preocupações fiscais
Os principais fatores de preocupação citados pelos investidores foram o cenário fiscal brasileiro, os juros altos e a situação geopolítica

O interesse dos investidores por ativos de risco despencou em outubro, devido à crescente preocupação com as contas públicas, segundo uma pesquisa da XP, divulgada na terça-feira (15). O levantamento, realizado entre os dias 7 e 13 de outubro, revelou que a intenção de aumentar a exposição em renda variável caiu de 29% em setembro para 19% em outubro. Ao mesmo tempo, a intenção de reduzir essa exposição subiu de 8% para 15%, e o percentual de alocação em renda variável nas carteiras também diminuiu.

Os principais fatores de preocupação citados pelos investidores foram o cenário fiscal brasileiro, os juros altos e a situação geopolítica. A redução nos riscos fiscais é vista como a principal condição para que o apetite por risco aumente novamente.

Com a Selic em alta e o mercado antecipando a continuidade do aperto monetário, o interesse por renda fixa e fundos de renda fixa aumentou, com 74% e 72% da preferência, respectivamente. Por outro lado, o interesse por Fundos Imobiliários caiu de 56% para 40%, enquanto o desejo de investir em ações recuou de 40% para 28%.

O sentimento dos assessores em relação à Bolsa também piorou. Em outubro, 52% deram nota 7 ou mais (em uma escala de 0 a 10), ante 58% no mês anterior. Apesar desse pessimismo, as projeções para o Ibovespa se mantiveram estáveis. A maioria (41%) espera que o índice fique entre 130 mil e 140 mil pontos nos próximos 12 meses, com uma média de 138 mil pontos, similar à de setembro. Apenas 3% projetam o índice abaixo de 120 mil pontos, enquanto 10% dos mais otimistas acreditam que o Ibovespa ultrapassará 150 mil pontos.

redacao
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