As criptomoedas lançadas em 2023 e que se destacaram
Com um ano de recuperação do mercado cripto, novos projetos ganharam espaço e conseguiram conquistar posições entre 100 maiores do mercado

Embora o bitcoin e o ether predominem no mercado de criptomoedas, existem milhares de outras moedas digitais, cada uma com sua própria história, aplicação e escala. 

Em 2023, o setor assistiu a um aumento de novas criptomoedas, refletindo um clima mais propício para o mercado à medida que começou a se recuperar do período de baixa que marcou 2022. 

No entanto, é importante notar que nem todos os novos projetos conseguiram atrair investidores significativos. Além disso, alguns foram desenvolvidos com o intuito de serem usados em esquemas fraudulentos.

Confira 6 criptomoedas de destaque em 2023

Worldcoin

Poucos projetos estreantes atraíram tanta atenção do mercado quanto a Worldcoin. E o principal motivo, para além das propostas da iniciativa, é o nome de um dos seus criadores: Sam Altman, atual CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. O projeto surgiu, inclusive, como uma resposta ao avanço da inteligência artificia.

A ideia é criar uma "identidade digital global" que seria produzida a partir do escaneamento da íris dos usuários. O registro seria, então, apagado e substituído por um código, o World ID, que basicamente confirmaria que o detentor é um humano e quem diz ser. Em troca dos registros, os usuários ganham uma quantia fixa em WLD, criptomoeda nativa do projeto.

Desde a estreia em julho deste ano, o projeto gerou preocupações sobre segurança de dados e se tornou alvo de operações policiais ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, a sua cripto nativa ainda não pegou tanta tração: atualmente, ela é a 142ª maior do mercado.

Arbitrum

Apesar de já existir há alguns anos, o blockchain Arbitrum protagonizou uma das estreias de criptomoeda mais aguardadas do ano. Em março, a rede lançou o seu tão aguardando token de governança ARB, que dá direito de voto aos detentores, ajudando a definir os rumos do projeto após um processo de descentralização.

O projeto, porém, também teve suas polêmicas. As maiores críticas giraram em torno da falta de uma descentralização total da iniciativa e discordâncias em torno dos rumos previstos para a rede, que compete no difícil mercado de soluções de escalabilidade da Ethereum.

Com isso, o blockchain tem perdido usuários e interesse, o que também se refletiu no preço da sua criptomoeda. Na estreia, o ARB chegou a figurar entre as 40 maiores criptos do mercado. Atualmente, porém, ele se encontra na 56ª posição, mas ainda com uma das melhores estreias de 2023.

Sui

Outra estreia que chamou a atenção inicial do mercado foi do blockchain Sui, que ganhou uma criptomoeda própria de mesmo nome. Lançada em maio deste ano, a moeda digital chegou a figurar entre as 65 maiores do mercado, mas devolveu parte dos ganhos depois que investidores reduziram o entusiasmo com a iniciativa, lutando agora para se manter entre as 100 maiores.

O objeto do Sui é concorrer com outras redes de primeira camada, como Aptos, Sei e Solana, e atrair desenvolvedores de aplicações de DeFi e Web3. Segundo seus criadores o grande diferencial do Sui é a sua alta escalabilidade e velocidade para realização de transações.

Até agora, porém, o projeto não conseguiu obter a tração prometida. Recentemente, ainda, o ativo despencou devido a acusações de manipulação de preço na Coreia do Sul.

Sei

Não, você não leu errado. Além da Sui, o mercado também ganhou outra criptomoeda em 2023 com nome semelhante: a Sei. O ativo está ligado a uma rede blockchain de mesmo nome que foi aberta ao público em agosto deste ano. Pouco depois, ele foi lançado em corretoras de criptomoedas e chegou a acumular uma valorização de 3.000%.

A rede blockchain estreou com 7,5 milhões de carteiras digitais únicas criadas por usuários na fase de testes, que somou 400 milhões de transações. O principal caso de uso do ativo é nas transações na própria rede, o que significa que a atividade no projeto deverá impactar diretamente na demanda e, consequentemente, preço do ativo.

Até o momento, a Sei teve um desempenho misto. Apesar de estar em uma posição de mercado melhor que a Sui - atualmente entre os 80 maiores ativos do mercado - ela ainda não conseguiu se destacar a ponto de ameaçar outras redes mais consolidadas.

Ordinal

Uma das maiores novidades no mundo cripto em 2023 foi o lançamento e disseminação dos chamados Ordinals, um tipo de protocolo criado na rede blockchain do bitcoin que permitiu criar, pela primeira vez, tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) diretamente na rede.

O projeto ganhou popularidade rapidamente e, meses depois, ganhou uma criptomoeda própria, a ORDI. Pouco após ser lançada para negociação em corretoras, o ativo chegou a registrar ganhos de mais de 660% em poucas semanas, com uma capitalização acima de US$ 1 bilhão. Ao mesmo tempo, a nova moeda passou a ser vista como um ativo correlacionado ao bitcoin, sendo favorecida pela alta da maior cripto do mercado.

Pepe

A ascensão do Pepe em 2023 foi marcante pelo mercado pelo que representou: o retorno do hype em torno das chamadas criptomoedas meme. Essa classe de ativos é conhecida por ser extremamente volátil e sem um caso de uso que justifique valorizações, mas acaba atraindo investidores por se associarem a memes populares.

É o caso do Pepe, que chegou ao mercado em abril deste ano e chegou a acumular valorizações de mais de 10.000%. À época, surgiram especulações que a moeda que faz referência a um meme de sapo poderia pela primeira vez quebrar a hegemonia das memecoins ligadas a memes de cachorros, em especial as gigantes Dogecoin e Shiba Inu.

Desde então, porém, o projeto teve um forte movimento de desvalorização e perdeu os holofotes para outras criptomoedas meme. Atualmente, ela é a 108ª maior do mercado, bem distante das rivais caninas, mas o caso serviu de lembrança sobre o ainda significativo potencial dessa classe no mercado, e também dos riscos e vantagens ao investir nela.

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