Azul reduz prejuízo no 3T24 em meio a reestruturação de dívidas e registra Ebitda recorde
A companhia aérea viu seu tráfego de passageiros (medido pelo RPK) crescer 4,3%, enquanto a capacidade de assentos (ASK) teve um incremento de 3,7%

A Azul (AZUL4) encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões, uma diminuição expressiva de 76,2% em relação ao prejuízo reportado no mesmo período do ano anterior. O resultado faz parte dos esforços da companhia aérea para reduzir seu endividamento e fortalecer sua posição financeira, conforme divulgado nesta quarta-feira (14).

Apesar do prejuízo, a Azul atingiu um recorde no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que alcançou R$ 1,65 bilhão, representando um crescimento de 6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A margem Ebitda subiu de 31,7% para 32,2%, indicando maior eficiência nas operações da companhia.

Receita líquida e controle de custos impulsionam resultados

A Azul também registrou um marco histórico em sua receita líquida, totalizando R$ 5,1 bilhões no período de julho a setembro, um avanço de 4,3% em comparação anual. Os custos e despesas operacionais acompanharam essa tendência, crescendo 3,8% e totalizando R$ 4,1 bilhões. Esse crescimento de receita foi impulsionado por um aumento no tráfego de passageiros, mesmo com preços de passagens relativamente estáveis e uma oscilação negativa de 0,3% no yield.

Taxa de ocupação e expansão da capacidade

A companhia aérea viu seu tráfego de passageiros (medido pelo RPK) crescer 4,3%, enquanto a capacidade de assentos (ASK) teve um incremento de 3,7%. Esse equilíbrio resultou em uma taxa de ocupação de 82,6%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2023. O índice demonstra a efetividade da Azul em manter seus voos próximos da lotação máxima, mesmo em um ambiente econômico desafiador.

Desalavancagem e geração de caixa

A Azul também destacou o progresso em sua estratégia de desalavancagem, com o pagamento de R$ 1,4 bilhão em arrendamentos correntes e amortização de dívidas, utilizando aproximadamente R$ 700 milhões gerados a partir das atividades operacionais. Esse movimento reafirma o compromisso da empresa em reduzir sua alavancagem financeira, preparando-se para operar com uma estrutura de capital mais leve.

Os resultados do terceiro trimestre refletem os esforços contínuos da Azul em equilibrar crescimento com sustentabilidade financeira. A empresa segue focada na recuperação de sua saúde financeira e na otimização de suas operações, demonstrando que, apesar dos desafios, há progresso na trajetória de recuperação e expansão no setor aéreo brasileiro.

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