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A balança comercial brasileira registrou um superávit recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado representa um crescimento de 60,6% em relação a 2022, que havia registrado um superávit de US$ 61,5 bilhões.
O desempenho positivo da balança comercial foi impulsionado pelo crescimento das exportações, que alcançaram US$ 339,7 bilhões em 2023, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. As importações, por outro lado, registraram queda de 11,7%, totalizando US$ 240,8 bilhões.
A corrente de comércio, que mede o total de exportações e importações, também apresentou queda, de 4,3%, chegando a US$ 580,5 bilhões. No entanto, esse valor ainda representa o segundo melhor resultado da série histórica.
O setor que mais contribuiu para o crescimento das exportações em 2023 foi a agropecuária, com aumento de 9%, seguido da indústria extrativa, com alta de 3,5%. O setor da indústria de transformação, por outro lado, registrou queda de 2,3%.
Os principais destinos das exportações brasileiras em 2023 foram Estados Unidos, China, União Europeia, Argentina e México. As principais origens das importações foram China, Estados Unidos, Argentina, União Europeia e Alemanha.
Dados de dezembro
Ainda de acordo com os dados da Secex, apenas em dezembro, as exportações somaram US$ 28,839 bilhões e as importações, US$ 19,479 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,36 bilhões e corrente de comércio de US$ 48,318 bilhões.
Na comparação interanual do mesmo período, houve crescimento de 9,5% nas exportações. Em relação às importações, houve queda de 10,7%. Já a corrente de comércio totalizou US$ 48,32 bilhões e o saldo foi de US$ 9,36 bilhões, registrando crescimento de 0,3% comparado a dezembro de 2022.
Em dezembro, desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de US$ 0,63 bilhões (13,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,62 bilhões (8,9%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 1,26 bilhões (8,6%) em produtos da Indústria de Transformação.