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O Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 3%, nesta quinta-feira (12), marcando o quarto corte desde junho. A decisão reflete a desaceleração da inflação, próxima da meta de 2%, e o crescimento revisado para baixo na zona do euro.
Em comunicado, os membros do BCE destacaram que “o processo de desinflação continua a avançar”, mas a economia enfrenta uma recuperação mais lenta, com setores industriais em retração e serviços com desempenho fraco.
Projeções econômicas revisadas
O BCE ajustou suas previsões para a zona do euro:
- Inflação: 2,4% em 2024, 2,1% em 2025 e 1,9% em 2026.
- Crescimento do PIB: 0,7% em 2024, 1,1% em 2025 e 1,4% em 2026.
A presidente Christine Lagarde alertou que tensões no comércio global podem agravar a desaceleração econômica, reduzindo exportações e enfraquecendo ainda mais o crescimento.
Flexibilização gradual
Apesar de manter a política monetária apertada para conter a inflação, o BCE sinalizou que começará a flexibilizar gradualmente suas medidas, com expectativa de estímulo à demanda interna. A recuperação deve ser impulsionada por salários reais mais altos, favorecendo o consumo familiar, e pelo aumento no investimento empresarial.
A mudança marca o fim de um ciclo de aperto monetário agressivo, iniciado para combater a inflação elevada resultante da guerra na Ucrânia e da recuperação pós-pandemia.