Brasil adere a projeto de cabo submarino que ligará a América do Sul à Ásia e à Oceania
Cabo terá quase 15 mil quilômetros de extensão e custará cerca de US$ 400 milhões

O governo federal anunciou sua adesão ao projeto para construção do primeiro cabo submarino de fibra óptica que ligará a América do Sul à Ásia e à Oceania.

A transmissão de dados por cabos de fibra óptica é mais estável e veloz que a feita por cabos de cobre. Os cabos de fibra também são mais duradouros.

O projeto, apelidado de Humboldt, é da estatal chilena Desarrollo, que tem buscado fazer uma aliança entre países e empresas interessadas. Além do Brasil, Argentina, Austrália e Nova Zelândia já aderiram ao projeto.

O cabo terá 14.810 quilômetros de extensão, conectando a cidade chilena de Valparaíso a Sydney, na Austrália, passando por Auckland, na Nova Zelândia.

A conexão da Austrália com a Ásia será feita por cinco cabos já implantados e em funcionamento.

Capacidade

O novo cabo contará com um sistema de oito fibras ópticas. A estimativa é de capacidade inicial de transmissão de dados de até 400 gigabits por segundo.

O projeto custará em torno de US$ 400 milhões. O prazo de concessão da empresa que vier a operar a rede será de 25 anos.

Segundo comunicado divulgado pelo governo brasileiro, "equipes técnicas dos países envolvidos aprofundarão as discussões sobre as modalidades financeiras e técnicas da participação do Brasil neste projeto de longo prazo".

O comunicado não diz qual é o prazo para início da construção do cabo nem a previsão para entrar em operação.

Vantagens

Em nota, os ministérios das Comunicações e das Relações Exteriores afirmaram que o projeto vai permitir o aumento do volume do tráfego de dados do Brasil com a Oceania e a Ásia. Vai, ainda, aumentar a disponibilidade e a confiabilidade da transmissão de dados.

“O projeto também completará a conexão por fibra ótica do Brasil com seus vizinhos, consolidando a infraestrutura digital regional e posicionando o Brasil como líder da transformação digital e do mercado digital na região. Atualmente, Argentina, Brasil e Chile respondem por 80% do tráfego de internet na América do Sul”, diz a nota.

Os ministérios lembram que já está em andamento a construção de um cabo submarino de fibra óptica ligando o Brasil diretamente à Europa. O projeto é chamado de Ellalink.

(Jéssica Sant'Ana)

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