No exterior, PCE nos EUA e PMIs da China podem gerar volatilidade

Os juros reagem à ata do Copom, relatório trimestral de inflação, fala de Roberto Campos Neto e IPCA-15 – que tem estimativa de aceleração -, após comunicado duro do Banco Central. Câmbio tem Ptax. No exterior, PCE nos EUA e PMIs da China podem gerar volatilidade. Veja destaques:

Ata, RTI e Campos Neto

Juros futuros devem reagir na terça-feira à ata do Copom, após comunicado da reunião visto como cauteloso. O BC sinalizou a manutenção do ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões” e voltou a fazer menção ao controle das contas públicas, devido à “importância da execução das metas fiscais”.

A ata dará ao BC oportunidade para fazer um ajuste fino no tom do comunicado e esclarecer o alerta sobre o fiscal, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. Dois dias depois, a autoridade monetária faz a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, seguida de falas do presidente Roberto Campos Neto e do diretor Diogo Guillen.

IPCA-15, Focus, fiscal

No mesmo dia da divulgação da ata, o sentimento sobre a inflação e os juros será influenciado também pelo IPCA-15 de setembro. O indicador tem estimativa de aceleração para 0,39% na comparação mensal, de 0,28% no período anterior, e para 5,02% em doze meses, de 4,24% em agosto.

A pesquisa Focus, na segunda-feira, pode eventualmente refletir o cenário traçado pelo Copom, que elevou projeções de inflação. Agenda carregada ainda tem resultados do governo central e primário consolidado, taxa de desemprego, contas externas e dados de crédito.

Ptax e Tesouro

O mercado de câmbio define a Ptax que servirá de referência para os vencimentos dos futuros de dólar no dia 29. A moeda americana teve a 3ª alta semanal em quatro semanas com a visão de carry menor – diante da perspectiva de juros mais altos e por mais tempo nos EUA, em contraponto à continuidade da queda da Selic no Brasil.

O mercado de juros acompanha ainda os leilões de títulos do Tesouro, que tem reduzido as ofertas de papeis em dias com altas acentuadas de taxas.

PCE nos EUA

As perspectivas sobre os juros do Fed devem ser influenciadas por agenda importante nos EUA, que inclui o deflator PCE, tido como dado preferido do Fed. Estimativa mediana é de alta de 0,5% em agosto, ante 0,2% em julho.

No entanto, segundo a Bloomberg Economics, tanto a medida de núcleo quanto a do “supernúcleo” do índice devem ficar em nível mais moderado, de 0,2%. Esses dados, quando anualizados, estão perto da meta do Fed, diz a BE. Na zona do euro, CPI pode mostrar desaceleração em termos anuais. Na China, PMIs devem mostrar efeito de estímulos.

Empresas

Aegea Saneamento e Participações contratou bancos para organizar uma série de reuniões virtuais com investidores de renda fixa a partir desta sexta-feira, segundo pessoa familiarizada com o assunto que pediu para não ser identificada por não ter autorização para falar publicamente.

A Isa Cteep promove encontro anual com analistas e investidores na terça-feira, enquanto a Gerdau promove Stakeholder Day com visitas às fábricas do Brasil e dos Estados Unidos na quinta.

Karina Trevizan

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