Os indícios apontam para um esquema de pirâmide financeira, onde os membros tinham que buscar novas pessoas para investir

15 carros de luxo e um jet ski avaliados em mais de R$ 3,5 milhões foram apreendidos durante a operação Cripto X, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público de Santa Catarina, contra uma empresa de criptomoedas investigada por lesar cerca de 7 mil clientes com promessas de juros de até 40% sobre investimentos.

Ao todo foram 18 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados à empresa na Grande Florianópolis. As ações aconteceram na quinta-feira (7) e contaram com cerca de 30 policiais civis.

Não houve prisões, mas foram atendidos pela Justiça pedidos para bloqueio de bens dos investigados, além da retenção dos passaportes.

O nome da empresa e nem das pessoas físicas investigadas foram informados. Apesar da proibição de deixar o país, MP e Polícia Civil identificaram que cinco investigados saíram do Brasil e estão morando em Dubai, nos Emirados Árabes, e Flórida, nos EUA.

Sobre os crimes, os indícios apontam para um esquema de pirâmide financeira, onde os membros tinham que buscar novas pessoas para investir.

A promessa era de lucros altíssimos em criptomoedas, com ganhos bem acima do mercado, o que chamou a atenção da investigação.

Os supostos lucros variavam entre 20% e 40%. A Polícia Civil alertou que as pessoas devem ficar alertas sobre operações financeiras que ofertem acima de 3%, pois, estão fora da realidade econômica do país.

“Nos últimos 3 anos, essa empresa movimentou valores de aproximadamente R$ 900 milhões e cerca de sete mil pessoas foram lesadas”, detalhou o delegado Leonardo Silva, da Delegacia de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

O número total de vítimas ainda está sendo levantado, mas foram identificados pelo menos 15 investidores que perderam valores de cerca de R$ 1,5 milhão cada.

"A ação é importante forma de reter patrimônio dos investigados para tentar reverter dos prejuízos das vítimas. As investigações agora continuam para possibilitar em breve a deflagração das ações penais e civis pertinentes e a responsabilização dos investigados", destacou o promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.

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