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O Brasil enfrenta dificuldades para atrair investidores estrangeiros, em meio ao aumento do risco fiscal, Selic elevada e incertezas no cenário internacional, como o protecionismo americano sob Donald Trump. Segundo gestores, a recuperação da confiança no compromisso fiscal do governo será lenta, especialmente após a decepção com o pacote de cortes orçamentários, que enfrenta resistência no Congresso. Dados da B3 mostram saldo negativo de R$ 31,8 bilhões em investimentos estrangeiros na bolsa até dezembro de 2024.
Enquanto investidores oportunistas ainda veem valor em ações locais mais baratas em dólar, globais preferem mercados mais estáveis, como Estados Unidos, Coreia do Sul e Taiwan. A falta de clareza na política fiscal e monetária reforça o afastamento de capitais externos, que esperam sinais de compromisso com reformas estruturais e estabilidade econômica.
Apesar do cenário desafiador, exportadoras brasileiras podem se beneficiar de potenciais estímulos econômicos na China. Gestores avaliam que um alívio na pressão fiscal e uma eventual redução da Selic poderiam atrair investidores no médio prazo. Até lá, o Brasil segue vulnerável às incertezas globais e à desconfiança interna quanto à trajetória fiscal. (Com Valor Econômico)