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O Ethereum (ETH) caiu para o menor preço em seis meses após o cofundador da criptomoeda, o empresário russo-canadense Vitalik Buterin, ter ser perfil no X (antigo Twitter) hackeado no final de semana.
Por volta das 7h40 desta segunda-feira (11), o segundo maior ativo digital do mercado é negociado a US$ 1.587, após recuar 2% nas últimas 24 horas. Na semana, o ETH acumula perdas de quase 3%.
No sábado (9), criminosos virtuais invadiram a conta de Buterin e postaram uma mensagem com um link malicioso, anunciando uma falsa distribuição gratuita de tokens não fungíveis (NFTs).
Foi um clássico golpe de phishing, técnica por meio da qual golpistas usam engenharia social para enganar usuários e obter informações confidenciais.
Nesse caso específico, os criminosos acessaram dados das carteiras das pessoas que clicaram no link, captando quase US$ 700 mil, segundo dados publicados por um investigador de blockchain identificado no X como ZachXBT.
“A conta do Vitalik no Twitter foi hackeada. Use o bom senso ao ler conteúdo nas redes sociais, mesmo de grandes KOLs (sigla em inglês para líderes de opinião)”, escreveu no domingo (10) o CEO da Binance, Changpeng Zhao.
Zhao, conhecido como “CZ”, disse ainda que a segurança de contas do X não foi projetada como a de uma plataforma financeira, e que ele também já foi vítima de tentativa de ataque.
“No passado, minha conta do Twitter foi bloqueada algumas vezes porque hackers usaram ‘força bruta’ (ataque por meio do qual golpistas tentam acessar algum sistema usando diferentes senhas repetidamente). Isso foi antes da “era Elon [Musk]”.
Assim como o Ethereum, o Bitcoin (BTC) também opera em queda nesta segunda. A cripto é negociada a US$ 25.659 após cair 0,40% nas últimas 24 horas.
O Bitcoin está preso em uma faixa de preço que vai de US$ 25 mil a US$ 30 mil desde abril à espera do desfecho da corrida pelo primeiro ETF (fundo negociado em bolsa) dos Estados Unidos com exposição direta à criptomoeda.
Diversas corretoras — como BlackRock, Ark Invest, Fidelity e Hashdex — tentam aprovar o produto por lá, mas a Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, não deu aval a nenhum até o momento por receio de fraude e manipulação de mercado.
Nesta semana, os preços do BTC e das demais criptos podem sofrer alterações por causa de dados macroeconômicos. O principal é o índice de preços ao consumidor, o CPI, que vai ser divulgado na quarta-feira (13) pelo Departamento de Trabalho dos EUA.
O CPI é visto como uma prévia do que se pode esperar da taxa de juros do país — a próxima reunião para debater o tema ocorre no final deste mês. Aumentos nos juros normalmente repercutem de forma negativa em ativos de risco, como as criptos.