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O ex-jogador Magno Alves, com passagens por Fluminense, Ceará e Seleção Brasileira, perdeu R$ 32 milhões na Braiscompany, empresa de criptomoedas acusada de movimentar ilegalmente R$ 2 bilhões e aplicar um golpe financeiro em milhares de pessoas.
A informação consta em uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o negócio.
De acordo com uma planilha citada no processo da instituição, atualizado em fevereiro deste ano, a Braiscompany tinha 18.570 clientes e uma carteira de R$ 1,15 bilhão.
A empresa, baseada em Campina Grande (PB), foi fundada pelo casal Antonio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos em 2018, e prometia pagar rendimento fixos de até 10% aos investidores por meio de um serviço de aluguel de criptomoedas.
Desde o final de 2022, no entanto, o negócio deixou de cumprir com as promessas feitas aos clientes, situação que fez o Ministério Público da Paraíba ajuizar uma ação civil pública contra o negócio.
Ao longo deste ano, a Polícia Federal (PF) realizou quatro operações em endereços ligados à empresa e a seus integrantes. Na última, no mês passado, os agentes policiais conseguiram bloquear R$ 136 milhões em bens.
Neto e Fabricia, que costumavam ser ativos nas redes sociais, estão foragidos. Há mandados de prisão abertos contra os dois. No início deste mês, o juiz federal Vinícius Costa Vitor, da 4ª Vara de Justiça Federal, tornou o casal réu em ação penal, além de outros 11 membros do esquema.
Golpes em jogadores
Magno Alves não é o único jogador de futebol que foi vítima de um esquemas de pirâmide financeira com moedas digitais, que causaram prejuízo de pelo menos R$ 40 bilhões a 4 milhões de brasileiros em apenas cinco anos.
Os jogadores brasileiros Mayke Rocha Oliveira, Gustavo Scarpa e Willian Gomes de Siqueira (conhecido como “Willian Bigode”), todos com passagem pelo Palmeiras, também alegam ter perdido milhões de reais na Xland, uma empresa de cripto suspeita de ser um esquema ponzi, que também oferecia rendimentos mensais fixos.