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O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a recente alta do dólar, que chegou a R$ 6,30 antes de recuar, não pode ser atribuída a um ataque especulativo, mas a fatores de mercado e fluxo financeiro.
O BC interveio com leilões de US$ 8 bilhões para estabilizar a moeda, respondendo a saídas atípicas de dólares relacionadas a dividendos, remessas e operações financeiras.
Campos Neto, atual presidente do BC, explicou que a intervenção foi fatiada para evitar impactos na taxa de juros, destacando que o câmbio é flutuante e o BC só age diante de disfuncionalidades. A Polícia Federal e a CVM investigam possíveis manipulações após a circulação de informações falsas nas redes sociais, o que também contribuiu para a instabilidade.
Além disso, Campos Neto justificou o recente aumento de 1% na Selic pela alta do dólar, inflação e dúvidas sobre o pacote fiscal do governo. Ele ressaltou que a transição para Galípolo foi conduzida de forma colaborativa, com o novo presidente assumindo maior influência nas decisões do BC.