Governo central tem déficit primário de R$9,283 bi em julho
Governo central tem déficit primário de R$9,283 bi em julho
Desempenho foi melhor do que o saldo negativo de R$ 35,921 bilhões observado no mesmo mês do ano passado

O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho de 2024, um desempenho melhor do que o saldo negativo de R$ 35,921 bilhões no mesmo mês do ano passado. No entanto, o déficit acumulado no ano ainda está distante da meta de déficit zero estabelecida para 2024, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (5).

O resultado, que engloba as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, foi um pouco pior do que o saldo negativo de R$ 8,8 bilhões previsto por analistas em pesquisa da Reuters.

Segundo os dados do Tesouro, a receita líquida — que exclui as transferências para governos regionais — apresentou um aumento de 9,5% acima da inflação em relação ao mesmo mês de 2023, totalizando R$ 183,544 bilhões. Entre os fatores que impulsionaram a arrecadação estão o recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal, como Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Por outro lado, as despesas recuaram 6,0% em termos reais, alcançando R$ 192,828 bilhões. O Tesouro destacou a redução nos gastos com benefícios previdenciários, apoio financeiro a governos regionais e subsídios como os principais fatores para essa diminuição nas despesas.

No acumulado dos sete primeiros meses de 2024, o déficit primário do governo central soma R$ 77,858 bilhões. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o rombo chega a R$ 233,3 bilhões, o que representa 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Mesmo com a melhora em relação ao ano anterior, os dados ainda estão longe da meta de déficit primário zero estabelecida para 2024, que permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, equivalente a cerca de R$ 29 bilhões.

O anúncio dos resultados de julho, que normalmente ocorre na última semana de agosto, foi adiado devido a uma mobilização dos servidores do Tesouro Nacional, que estão em busca de melhores condições salariais.

Embora o governo tenha conseguido controlar parte das despesas e aumentar a arrecadação, o desafio de atingir a meta fiscal estabelecida para 2024 permanece considerável.

redacao
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