Índices europeus caminham para fechar no menor patamar de 2023
Os papéis do banco Credit Suisse entraram em queda livre de mais de 20%

Os índices europeus caminham nesta quarta-feira (15) para fechar no menor patamar de 2023. Os principais fatores que tombam as bolsas são resultados decepcionantes do setor varejista e um movimento de correção por parte dos investidores. Mas há uma forte contaminação dos índices por receio dos investidores com o sistema bancário internacional.

Os papéis do banco Credit Suisse entraram em queda livre de mais de 20%, com notícias que renovaram receios de uma crise no setor financeiro internacional, depois da quebra de dois bancos americanos nos últimos dias.

O tombo veio da notícia de que Saudi National Bank, da Arábia Saudita, não pretende aportar mais dinheiro no Credit Suisse, o que poderia ajudar as finanças da companhia. O presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, à Reuters disse que não pode ultrapassar seu patamar societário — que hoje é de cerca de 10% — "devido a uma questão regulatória".

Depois de resultados ruins apresentados no trimestre passado, seu principal acionista, o Saudi National Bank, da Arábia Saudita, anunciou que não vai apoiar a instituição com um aumento de sua participação no capital.

O mercado está receoso sobre as dificuldades da instituição financeira para estabilizar suas operações. Depois dos resultados do trimestre passado, o Credit Suisse declarou ter identificado “fraquezas significativas" em função de controles internos ineficientes.

Apesar disso, a instituição financeira afirmou que as demonstrações financeiras “representam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”.

Outros bancos europeus, como BNP Paribas e Deutsche Bank, também seguem o clima ruim e têm quedas relevantes, de cerca de 10%.

redacao
Conta Oficial Verificada