Lucro das mineradoras de Bitcoin cai para mínimas históricas, aponta JPMorgan
Lucro das mineradoras de Bitcoin cai para mínimas históricas, aponta JPMorgan
Segundo o JPMorgan, a queda nos lucros também resultou em uma desvalorização das ações de empresas de mineração

O banco JPMorgan divulgou dados que indicam que o lucro das empresas de mineração de bitcoin atingiu as mínimas históricas registradas pelo setor. Em 2024, as operações de obtenção da criptomoeda estão se tornando cada vez menos lucrativas, o que tem impactado negativamente o segmento.

Segundo o JPMorgan, a queda nos lucros também resultou em uma desvalorização das ações de empresas de mineração. Nas últimas semanas, o setor chegou a registrar ganhos após várias companhias intensificarem projetos relacionados à inteligência artificial, aproveitando o foco do mercado nessa tecnologia. No entanto, a recente queda nos lucros fez com que as ações devolvessem esses ganhos nas últimas duas semanas.

A lucratividade reduzida está diretamente ligada a uma crescente dificuldade no processo de mineração, evidenciada pela alta da chamada "taxa de hash". A taxa de hash, ou hashrate, representa o total de poder computacional empregado na mineração de bitcoin. Com o aumento dessa taxa, mais máquinas estão sendo usadas, o que eleva a complexidade das operações e, consequentemente, os custos associados a elas, afetando a margem de lucro das mineradoras.

Um aumento na dificuldade da mineração é comum após a realização do halving, um evento que ocorre a cada quatro anos e que reduz pela metade as recompensas para os mineradores. O último halving ocorreu em abril deste ano, e seus efeitos vêm sendo sentidos no mercado desde então.

Com as recompensas reduzidas, a competição entre as operações de mineração de bitcoin se intensifica, pois cada mineradora busca resolver os complexos problemas matemáticos necessários para validar transações na rede blockchain e obter as recompensas em criptomoeda.

De acordo com dados do JPMorgan, os níveis de lucratividade na mineração de bitcoin estão atualmente 30% abaixo dos registrados em dezembro de 2022 e 40% abaixo do nível pré-halving de 2024. A queda nos lucros pode, no entanto, limitar a capacidade das empresas de investir em poder computacional, o que poderia reduzir a hashrate no futuro.

Apesar da lucratividade em declínio, o JPMorgan ressalta que as mineradoras com ações listadas nos Estados Unidos têm conseguido expandir sua participação no mercado. Esse movimento ocorre mesmo diante de uma queda de 18% na capitalização total desse grupo.

Atualmente, as mineradoras com ações nos Estados Unidos respondem por 26% de toda a hashrate da mineração de bitcoin, o maior valor da história, evidenciando a crescente influência dessas companhias nas operações de mineração.

redacao
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