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O decreto que instituiu a meta contínua de inflação não altera a visão do Banco Central sobre a política monetária, afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta quinta-feira(27). Ele ressaltou que a nova sistemática não implica maior ou menor suavização na atuação da autoridade monetária.
Durante entrevista em São Paulo sobre o Relatório Trimestral de Inflação, Campos Neto destacou que o período mínimo de 36 meses para uma mudança de meta demonstra o compromisso do governo com a transparência, além de proporcionar estabilidade nas previsões de metas.
Selic
Campos Neto também mencionou que uma alta de juros não está no cenário base do Banco Central, enfatizando que as comunicações recentes da autarquia não indicaram orientação futura para a taxa Selic. Ele afirmou que o BC está monitorando o cenário e permanece vigilante.
"Sobre alta de juros, não éo nosso cenário base. Acreditamos que a linguagem adotada é compatível com a ausência de 'guidance' para o futuro neste momento", declarou.
Respondendo a declarações do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, sobre a percepção do mercado em relação à situação fiscal, Campos Neto reconheceu que analistas veem uma piora nas contas públicas.