O que acompanhar na semana que se inicia nesta segunda, 5 de fevereiro
A expectativa para a semana se concentra na apresentação do IPCA de janeiro, com o Bradesco prevendo um aumento de 0,34% na comparação mensal

A movimentação intensa da semana passada, marcada pelas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, cede espaço para uma agenda econômica um pouco mais tranquila no país, enquanto as atenções globais diminuem. Destaques para os próximos dias incluem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que promoveu um corte de 50 pontos-base na taxa Selic na última semana.

A expectativa para a semana se concentra na apresentação do IPCA de janeiro, com o Bradesco prevendo um aumento de 0,34% na comparação mensal.

"Antecipamos que a inflação apresente um acréscimo de 0,32% em relação ao mês anterior. A taxa anual provavelmente cairá para 4,4%, ante 4,6% em dezembro. Em relação à inflação core, esperamos que o IPCA Ex-3 acelere para 2,6% (média móvel de 3 meses, ajustada anualmente, de 1,4% em dezembro), com serviços subjacentes mais elevados (5,3%, ante 4,3%)", analisa a equipe econômica do Itaú.

Na segunda-feira, o Banco Central divulgará, em nota à imprensa, os dados do setor externo de dezembro, com a previsão da LSEG apontando para uma queda de US$ 7,5 bilhões. A expectativa do Bradesco é um pouco mais conservadora, projetando -US$ 7,2 bilhões. O Índice PMI Composto será apresentado pela Markit, com dados de janeiro, também na segunda-feira. No dia seguinte, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará o Índice Geral de Preços (IGP) de janeiro, enquanto o Banco Central (BC) apresentará a ata do Copom e a nota de política monetária e operações de crédito de dezembro.

A agenda de quarta-feira será mais movimentada, com a apresentação dos dados de Política Fiscal de dezembro pelo BC. Em relação à Pesquisa Mensal de Comércio de dezembro, apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Bradesco estima uma alta de 0,9% na base mensal. O banco projeta, ainda, um aumento de US$ 7,1 bilhões na balança comercial mensal de janeiro, que será divulgada pela Secex. A Anfavea trará os dados de produção e venda de veículos de janeiro, e o BC apresentará os dados do Índice Commodities Brasil (IC-Br) de janeiro.

A semana será encerrada com a Pesquisa Mensal de Serviços de dezembro, divulgada pelo IBGE, com a projeção do Bradesco indicando um crescimento de 1,2% na comparação mensal.

Com o retorno do recesso, o Congresso deverá se dedicar a temas como a medida provisória nº 1202, que busca reverter isenções fiscais sobre a folha de pagamento, e a segunda fase da reforma tributária. Além disso, os vetos do presidente Lula ao orçamento, que apresentou menos emendas parlamentares, e os debates sobre contingenciamento de gastos deverão atrair atenções em Brasília.

A temporada de resultados corporativos ganha força no Brasil, com destaque para os números da BB Seguridade (BBSE3) na segunda-feira, antes da abertura dos mercados, enquanto Cielo (CIEL3) e Itaú (ITUB4) divulgam no mesmo dia após o fechamento. O Bradesco (BBDC4) apresenta seus números na quarta-feira, antes da abertura, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) revela seus dados na quinta, depois do fechamento, encerrando a temporada dos grandes bancos.

Confira as datas:

5 de fevereiro

BTG Pactual
Itaú Unibanco
Banco BMG
BB Seguridade

6 de fevereiro
LOG Commercial Properties
TIM
Banco ABC Brasil

7 de fevereiro
Neoenergia
Klabin
Auren Energia (ex-CESP)
BrasilAgro
Alpargatas
Bradesco

8 de fevereiro
Multiplan
CCR
Banco do Brasil
Jalles Machado
Banco Pine
Raízen
São Martinho (3T24)

9 de fevereiro
Banrisul

redacao
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