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A B3 S.A. (B3SA3) divulgou nesta quarta (13) os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024. A receita total atingiu R$ 2,7 bilhões, o que representa aumento de 8,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 5,8% em comparação com o mesmo período de 2023.
“A diversificação de receitas e a resiliência do modelo de negócios da B3 resultaram no crescimento de todos os segmentos da companhia pelo segundo trimestre consecutivo. Mesmo com os desafios do mercado de ações, nosso esforço contínuo para aprimoramento dos serviços e desenvolvimento de novos produtos nos trouxe bons resultados”, comenta André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.
Listado
No terceiro trimestre, o segmento Listado gerou receita de R$ 1,6 bilhão (59% do total), o que representa alta de 7,4% em relação ao mesmo período de 2023.
Instrumentos de Renda Váriavel
No mercado de ações à vista, o volume financeiro médio diário apresentou comportamento praticamente estável, com a queda de 5% no volume negociado de ações parcialmente compensada pelos crescimentos nos volumes de ETFs, BDRs e Fundos Listados, que representaram 14% do volume total, contra 11% no mesmo período de 2023. Nos contratos futuros de índices, a queda de 5,6% no número médio de contratos negociados é explicada pelo menor volume das versões mini dos Futuros de Ibovespa.
Derivativos Listados
O cenário de volatilidade na curva de juros local somado às iniciativas da B3 em incentivar a liquidez em seus mercados, tanto por meio da tarifação como na implementação de novas funcionalidades e produtos, fizeram com que o volume médio diário negociado (ADV) dos derivativos listados totalizasse 7,1 milhões de contratos, alta de 21,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Tal desempenho resultou na maior receita trimestral do segmento na história da B3, de R$ 683 milhões.
Balcão
O segmento de Balcão obteve receita de R$ 432,6 milhões (16% do total), o que significou aumento de 15%, principalmente em função do ambiente de juros em níveis elevados que continuou favorecendo o mercado de renda fixa local, com crescimentos em relação ao 3T23 de 28,9% no estoque de instrumentos de captação bancária e de 14,6% no estoque do Tesouro Direto, que por sua vez teve um aumento de 13,0% em sua base de investidores.
Outros Segmentos
Nos demais segmentos, destacam-se os crescimentos de 12,4% na Unidade de Infraestrutura para Financiamentos, explicado pela continuidade de um cenário positivo para o mercado de crédito para aquisição de veículos, e de 10,4% em Tecnologia, Dados e Serviços, refletindo principalmente o crescimento de 7,5% de usuários das plataformas de Balcão e um crescimento de 7,1% na linha de Dados & Analytics.
As despesas totalizaram R$ 831,1 milhões, o que representa queda de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado pode ser explicado principalmente pelo fim da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip. Excluindo esse efeito, a despesa totalizaria R$ 731,3 milhões, número 17,8% acima do terceiro trimestre de 2023, principalmente pelo crescimento de despesas na linha de pessoas.
No terceiro trimestre, foi distribuído R$ 1,3 bilhão aos acionistas, sendo R$ 516 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 735,8 milhões em recompras. Em 19 de setembro de 2024, o Conselho de Administração aprovou o cancelamento de 120 milhões de ações, totalizando 220 milhões de ações canceladas desde o início do ano, equivalente a 3,9% do capital social da Companhia.
Em relação à estrutura de capital, a B3 aprovou, em novembro, a 9ª emissão de debêntures, no valor de R$ 1,7 bilhão. A companhia permanece focada na contínua otimização de sua estrutura de capital, monitorando ativamente o mercado e avaliando oportunidades que possam gerar eficiência de custo no longo prazo.