Placas-mãe AM5 foram desenvolvidas para suportar processadores AMD de última geração

As placas-mãe AM5 foram desenvolvidas pela AMD especialmente para suportar seus processadores Ryzen de última geração. Chips da nova série Ryzen 7000, como Ryzen 9 7950X3D e 7900X3D, já não são mais compatíveis com o padrão de placas-mãe AM3 ou AM4, por isso, quem busca pelo melhor desempenho do sistema deve fazer o upgrade para as novas versões. 

Com tecnologias de ponta como PCIe 4.0 – algumas até com PCIe 5.0 –, e o padrão de memória RAM mais moderno do mercado, o DDR5, as placas da série 600 da AMD prometem alta performance.

No mercado brasileiro, é possível encontrar diversas opções de placa com soquete AM5. Dentre as soluções de entrada, intermediárias e de ponta, é possível encontrar componentes que chegam a custar até R$ 8.325. A seguir, conheça em detalhes cada tipo de placa-mãe AM5 e saiba escolher a melhor opção para o seu setup.

Placa de entrada: A620

Anunciado pela AMD em abril deste ano, o chipset A620 foi uma cartada da empresa para fazer com que mais pessoas tenham acesso à série de processadores Ryzen 7000. Para isso, as placas-mãe que contam com A620 prezam pelo custo-benefício e, em contrapartida, oferecem uma quantidade de recursos mais limitada em relação às outras opções de placas-mãe AM5.

O chipset A620 conta com dois slots para memória DDR5, um slot PCIe 4.0 x16 para placas de vídeo e um PCIe 4.0 x4 para SSDs. Além disso, o componente é compatível com Wi-Fi 6, Bluetooth, tem porta Ethernet e conectores SATA. Em contrapartida, o modelo conta apenas com um slot M.2 e não suporta overclock de CPU.

Por se tratar de um lançamento recente, ainda são poucas fabricantes de placas-mãe que conseguiram lançar modelos com o chipset. A primeira delas foi a Gigabyte, que apresentou uma motherboard de entrada com chipset A620 no formato Mini-ITX, destinado a PCs compactos. O produto ainda não foi colocado à venda oficialmente, mas acredita-se que iniciará custando menos de US$ 100, ou seja, menos de R$ 480 em cotação atual, sem contar impostos.

Placas intermediárias: B650 e B650E

Em muitos aspectos, uma placa-mãe que tem um chipset B650 se assemelha a uma que conte com um B650E. Ambas têm suporte ao overclock em qualquer processador Ryzen, 36 pistas para PCIe , uma porta SuperSpeed ​​USB 20 Gbps e seis portas SuperSpeed ​​USB 10 Gbps. Porém, existe uma diferença crucial entre os dois modelos: do total de pistas para PCIe, apenas a B650E possui 24 vias dedicadas a PCIe 5.0, sendo o B650 projetado apenas para conectividade PCI Express de quarta geração.

No que diz respeito a valores, há também uma diferença grande entre os dois chipsets. No mercado nacional, uma placa-mãe que conte com B650E custa a partir de R$ 2.000. Já um componente com chipset B650 pode ser encontrado por a partir de R$ 1.419 na Amazon, como é o caso da ASRock B650M PG Riptide.

Placas top de linha: X670E e X670

A exemplo das placas-mãe AM5 B650 e B650E, as placas X670 e X670E também compartilham muitas configurações. Ambas têm suporte ao overclocking e contam com 44 pistas para PCIe , duas portas SuperSpeed ​​USB 20 Gbps e 16 portas SuperSpeed ​​USB 10 Gbps. A superioridade em relação à dupla anterior acontece porque tanto o chipset X670 quanto o X670E são feitos não a partir de um chip, mas de dois menores, que se comunicam por meio de quatro pistas PCIe 4.0.

A diferença está, mais uma vez, na quantidade de pistas dedicadas ao PCIe 5.0. Enquanto as placas X670E suportam 24 pistas PCI Express 5.0 de processador direto, nos chipsets X670 existem apenas oito faixas PCIe 5.0 de processador direto utilizáveis.

Em questão de valores, a diferença também persiste. Placas-mãe AM5 X670 como a Gigabyte Gaming X AX podem ser encontradas por a partir de R$ 2.583 na Amazon. Já as placas X670E estão na faixa de R$ 3.000, em sua maioria. Contudo, com configurações específicas para gamers, algumas placas AM5 têm um valor bem mais elevado. É o caso da MSI ACE Gaming, que custa R$ 8.506 na Amazon.

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David Valle

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