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A Usiminas reportou um prejuízo de R$ 99,7 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 287,3 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A siderúrgica mineira foi impactada por uma piora em seu resultado operacional e por efeitos cambiais desfavoráveis.
Entre abril e junho, as receitas da Usiminas totalizaram R$ 6,34 bilhões, uma queda de 8% em comparação anual, mas um aumento de 2% em relação aos três primeiros meses de 2024. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 274,6 milhões no período, uma redução de 30% em relação ao ano anterior. Quando ajustado, o Ebitda foi de R$ 247,3 milhões, representando uma queda de 32,5%.
"Os efeitos da melhoria de performance e estabilização gradual das operações ajudaram a compensar em parte os efeitos dos maiores preços de matérias-primas, principalmente placas de aço, e da desvalorização do real", afirmou a Usiminas em comunicado.
O resultado financeiro da companhia foi negativo em R$ 196,6 milhões, revertendo um número positivo registrado no segundo trimestre de 2023, devido ao impacto negativo da desvalorização do real em seus passivos.
Os custos dos produtos vendidos caíram 4% em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 6,02 bilhões, mas houve um aumento de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2024. As receitas e despesas operacionais caíram 21% no ano, chegando a R$ 355,8 milhões, mas subiram 33% em relação a março.
A dívida líquida da Usiminas foi de R$ 998 milhões ao final de junho, em comparação com R$ 965 milhões há um ano. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, aumentou de 0,38 vez para 0,79 vez.
A geração de caixa da siderúrgica foi de R$ 150 milhões, resultado de um melhor fluxo de caixa operacional, com redução no capital de giro e nos investimentos durante o período. A Usiminas encerrou o trimestre com R$ 5,6 bilhões em caixa.