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O Itaú BBA realizou mudanças em sua carteira de small caps para janeiro de 2025, substituindo Tenda (TEND3), C&A (CEAB3) e Vivara (VIVA3) por Alupar (ALUP11), SLC Agrícola (SLCE3) e Iguatemi (IGTI11). O gestor Victor Natal justificou as alterações destacando os pontos fortes de cada nova inclusão.
Sobre a Alupar, Natal apontou o modelo de negócios defensivo e a alta previsibilidade de geração de caixa como fatores que tornam a empresa atrativa no momento atual. Ele destacou que as concessões internacionais da empresa, em países como Peru, Colômbia e Chile, possuem taxas de retorno elevadas e contratos firmados em dólar, o que pode beneficiar os resultados da companhia com a desvalorização do real. O preço-alvo indicado para ALUP11 é de R$ 42,70, com potencial de valorização de 61,5%.
No caso da SLC Agrícola, o Itaú BBA enxerga a companhia como uma das melhores operadoras do setor de grãos no Brasil. Apesar dos desafios do ciclo de baixa da soja no curto prazo, o gestor acredita em uma recuperação no médio e longo prazo, alinhada ao histórico de crescimento do setor. Além disso, o momento desafiador pode trazer boas oportunidades de alocação de capital devido à fragilidade de concorrentes menores. O preço-alvo para a ação é de R$ 25, com potencial de alta de 42,9%.
Já em relação à Iguatemi, Natal justificou a escolha por manter a exposição ao varejo por meio de uma operadora de shoppings premium, mesmo tendo uma visão positiva para Vivara. Ele destacou que o aumento esperado na inflação para 2025 deve beneficiar a receita da Iguatemi devido aos reajustes contratuais nos aluguéis. Com um portfólio de alta qualidade, a empresa deve conseguir repassar a inflação aos contratos sem prejudicar a taxa de ocupação ou a inadimplência. O preço-alvo para IGT11 é de R$ 29, o que implica um potencial de valorização de 67,9%.
A performance da carteira de small caps do Itaú BBA foi negativa em dezembro de 2024, com queda de 9,4%, enquanto o Ibovespa recuou 4,3% no mesmo período. As maiores contribuições negativas vieram do setor de varejo, com C&A e Vivara apresentando quedas de 23,8% e 16%, respectivamente. Desde sua criação, em janeiro de 2015, a carteira acumula um retorno de 135%, superando o desempenho do Ibovespa, que foi de 72%.
Empresa | Ticker | Potencial alta (%) | Preço-alvo (R$) |
---|---|---|---|
PetroReconcavo | RECV3 | 85,1 | 30 |
Irani | RANI3 | 46,6 | 10 |
Alupar | ALUP11 | 61,5 | 42,7 |
Orizon | ORVR3 | 46,9 | 55,6 |
Marcopolo | POMO4 | 42,3 | 10,5 |
Aura Minerals | AURA33 | -12 | 22 |
SLC Agrícola | SLCE3 | 42,9 | 25 |
Direcional | DIRR3 | 35,3 | 36 |
Iguatemi | IGTI11 | 67,9 | 29 |
Serena Energia | SRNA3 | 164,6 | 14,6 |