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A Bradespar iniciou 2025 no azul, mas com sinais de desaceleração. A holding registrou lucro líquido de R$ 318,3 milhões no primeiro trimestre, resultado positivo, mas 7,2% abaixo do valor apurado no mesmo período do ano passado.
A receita operacional também sofreu retração, ficando em R$ 314,7 milhões, contra R$ 339,7 milhões no primeiro trimestre de 2024. A principal fonte de receita segue sendo a participação na Vale (VALE3), por meio de juros sobre capital próprio e equivalência patrimonial — um reflexo direto da performance da mineradora.
No campo financeiro, a Bradespar teve um ganho de R$ 13 milhões, puxado por aplicações de caixa e rendimentos sobre créditos tributários. A companhia destacou que mantém uma posição financeira sólida, após liquidar todas as dívidas em exercícios anteriores.
As despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 8,5 milhões, mantendo o perfil de operação enxuta e focada exclusivamente na gestão de investimentos.
O desempenho reforça o papel da Bradespar como uma empresa altamente dependente da saúde financeira da Vale — o que, em momentos de volatilidade no setor de mineração, pode representar tanto uma alavanca de crescimento quanto um fator de risco.